CDS da Guarda quer Álvaro Amaro fora da Câmara Municipal
Autarca é o quinto na lista do PSD ``as eleições europeias de Maio, na lista encabeçada por Paulo Rangel, portanto em posição elegível.
A Comissão Política Distrital da Guarda do CDS-PP defendeu esta sexta-feira que o social-democrata Álvaro Amaro deve “renunciar de imediato” ao cargo de presidente da Câmara Municipal, por concorrer nas listas do PSD às eleições europeias de Maio. Amaro lidera a câmara desde 2013 e vai integrar em quinto lugar a lista do PSD para as eleições europeias, tendo anunciado que irá suspender o mandato em meados de Abril.
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A Comissão Política Distrital da Guarda do CDS-PP defendeu esta sexta-feira que o social-democrata Álvaro Amaro deve “renunciar de imediato” ao cargo de presidente da Câmara Municipal, por concorrer nas listas do PSD às eleições europeias de Maio. Amaro lidera a câmara desde 2013 e vai integrar em quinto lugar a lista do PSD para as eleições europeias, tendo anunciado que irá suspender o mandato em meados de Abril.
Para a estrutura distrital do CDS-PP, liderada por Henrique Monteiro , na política, como na vida, a ética “deve ser um farol que padronize o comportamento das pessoas”, por isso, havendo um candidato que é simultaneamente presidente de uma autarquia, afigura-se “inconciliável a manutenção das funções de edil autárquico com essa mesma condição de candidato a um órgão da União Europeia”.
Em comunicado, o CDS é directo. “Neste caso, a ética deve prevalecer e ao senhor presidente da Câmara da Guarda não lhe basta suspender o mandato e fazê-lo apenas a partir de 15 de Abril, porque o seu compromisso não era com uma determinada reunião de Assembleia Municipal, mas sim com todos os que vivem e trabalham neste concelho do Interior e por um mandato de quatro anos”, defende o partido.
A Comissão Política Distrital da Guarda do CDS-PP entende que “não pode haver posições dúbias, nem mistura de papéis”, pelo que, “a bem da democracia”, insta o presidente do município “a renunciar de imediato às funções autárquicas que exerce no concelho da Guarda”.
Embora reconheça que o exercício das funções de presidente de Câmara “não é impeditivo desta mesma candidatura”,o CDS da Guarda defende que a decisão pessoal “resulta uma grave quebra do compromisso” que Álvaro Amaro “assumiu com os eleitores do concelho, nas eleições autárquicas de 2017, às quais se candidatou com um programa eleitoral para cumprir durante quatro anos”.
A estrutura distrital acusa que a função autárquica “foi apenas um degrau” no percurso político pessoal do autarca social-democrata e alega que o lançamento do Movimento Pelo Interior “foi apenas e somente uma acção de promoção do candidato ao Parlamento Europeu e que funcionou como uma espécie de campanha para esse mesmo efeito”.
Álvaro Amaro, o número cinco da lista do PSD às europeias, portanto em posição elegível, anunciou no dia 14 que solicitou à presidente da Assembleia Municipal a marcação de uma reunião entre 15 e 17 de Abril, na qual formalizará a suspensão do mandato autárquico. O presidente da câmara afirmou, em conferência de imprensa, que é para si “ponto de honra” suspender o mandato “no fim de apresentar as contas do município” do ano de 2018, na reunião da Assembleia Municipal de Abril. “Farei coincidir, por isso, a minha suspensão do mandato até à posse de deputado europeu “, anunciou