Portugal-Ucrânia: sorrisos amarelos
Cristiano Ronaldo regressou mas, tal como nas três fases de apuramento para Europeus anteriores, Portugal não entrou a ganhar rumo ao Euro 2020.
Foi só a primeira jornada da fase de qualificação para o Euro 2020 e nada ficou comprometido, mas o empate de Portugal frente à Ucrânia (0-0) não deixa de ser algo desconfortável para a selecção portuguesa, que defende o título conquistado em 2016. “Seria uma desilusão não vencer”, tinha assumido Fernando Santos na véspera da partida. E foi mesmo. No encontro que assinalou o regresso de Cristiano Ronaldo à equipa nacional, a noite terminou com sorrisos amarelos, da cor do equipamento ucraniano: os portugueses não conseguiram confirmar o favoritismo reivindicado por Fernando Santos; a equipa de Shevchenko somou um ponto fora de casa, no terreno do campeão europeu em título.
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Foi só a primeira jornada da fase de qualificação para o Euro 2020 e nada ficou comprometido, mas o empate de Portugal frente à Ucrânia (0-0) não deixa de ser algo desconfortável para a selecção portuguesa, que defende o título conquistado em 2016. “Seria uma desilusão não vencer”, tinha assumido Fernando Santos na véspera da partida. E foi mesmo. No encontro que assinalou o regresso de Cristiano Ronaldo à equipa nacional, a noite terminou com sorrisos amarelos, da cor do equipamento ucraniano: os portugueses não conseguiram confirmar o favoritismo reivindicado por Fernando Santos; a equipa de Shevchenko somou um ponto fora de casa, no terreno do campeão europeu em título.
Não pode dizer-se que tenha sido propriamente uma surpresa Portugal não ter conseguido vencer no arranque de mais uma fase de qualificação. Tinha acontecido na caminhada para o Mundial 2018 (derrota na Suíça), e tem sido a regra no apuramento para os Europeus. A selecção entrou a perder (frente à Albânia) rumo ao Euro 2016, e estreou-se com empates na qualificação para 2012 (Chipre) e 2008 (Finlândia). O apuramento para o Euro 2000 foi a última ocasião em que a equipa nacional entrou a vencer, já que no Euro 2004 estava qualificada como anfitriã.
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Após quase nove meses de ausência, Cristiano Ronaldo regressou às opções de Fernando Santos mas a selecção portuguesa sentiu dificuldades perante um adversário organizado e solidário a defender. E que teve um guarda-redes em noite inspirada: Pyatov travou tudo o que foi na direcção da baliza e foi o grande responsável pelo 0-0 no marcador. Rui Patrício teve uma noite menos atarefada, mas perto do fim ainda evitou um enorme susto para as bancadas da Luz. Portugal dominou na posse de bola (59%-41%), nos remates enquadrados (8-1) ou nos pontapés de canto (18-2). Mas foi penalizado pela falta de eficácia.
A bola chegou a entrar na baliza ucraniana, num cabeceamento de William Carvalho a corresponder ao cruzamento de Ruben Neves na direita (17’). Mas o médio do Betis estava em posição irregular e o golo foi, portanto, anulado. William Carvalho ainda esboçou um apelo ao videoárbitro, mas a tecnologia não está a ser utilizada nas partidas da fase de qualificação.
Num primeiro tempo que praticamente teve sentido único, Pyatov começou desde cedo a candidatar-se ao lugar de protagonista da noite. Desviou por cima da trave um remate de Pepe (16’), travou o disparo de Cristiano Ronaldo (23’) e voltou a ganhar o duelo ao capitão da equipa nacional (27’). Quando não era ele, era a povoada defesa ucraniana que resolvia o perigo. E, já perto do intervalo, quando Pyatov quase comprometia, Cristiano Ronaldo não conseguiu chegar a tempo: o guarda-redes ucraniano dominou mal a bola num passe atrasado, escorregou, mas recompôs-se e conseguiu evitar o pior.
O domínio português intensificou-se no segundo tempo, mas a Ucrânia era uma muralha amarela que bloqueava a selecção nacional quando se aproximava da baliza defendida por Pyatov. O guarda-redes ucraniano foi juntando defesas ao repertório, com destaque para a excelente parada com a mão direita a desviar o remate de André Silva, aos 57’.
Do banco, Fernando Santos lançou Rafa (abdicando de Rúben Neves) e Dyego Sousa (por troca com André Silva), balanceando a equipa para o ataque. Mas nem a velocidade do extremo do Benfica, nem a presença do avançado do Sp. Braga desfizeram o quebra-cabeças montado pela defesa ucraniana. Pelo contrário, até foi a equipa de Shevchenko a aproveitar os espaços para ficar muito perto do golo: Konoplyanka, com espaço, desferiu um remate violento que Rui Patrício não conseguiu segurar. Júnior Moraes preparava-se para fazer a recarga mas surgiu o corte providencial de Rúben Dias.
Os minutos esgotavam-se e Pyatov agarrava tudo. Na derradeira tentativa de Portugal chegar à baliza da Ucrânia, Cristiano Ronaldo avançou pela esquerda, Rafa deixou passar para Dyego Sousa, que não estava na melhor posição para fazer o remate. O avançado caiu, pediu-se penálti, mas não pareceu haver motivos para tal. A noite acabou com sorrisos amarelos. Mas a qualificação ainda agora começou.