Cruz Vermelha pede auditoria permanente às contas da operação de apoio a Moçambique
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Malawi e Zimbabwe provocou mais de 350 mortos.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) pediu uma auditoria externa permanente às contas relacionadas com a operação de apoio às vítimas do ciclone Idai, em Moçambique, anunciou esta quarta-feira a organização.
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A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) pediu uma auditoria externa permanente às contas relacionadas com a operação de apoio às vítimas do ciclone Idai, em Moçambique, anunciou esta quarta-feira a organização.
“A Coordenação Nacional de Emergência da CVP decidiu solicitar auditoria externa permanente às contas relacionadas com a operação de apoio a Moçambique”, adianta a organização num comunicado enviado à agência Lusa.
Para a sua concretização, a Coordenação Nacional de Emergência da CVP apela às empresas acreditadas para este fim que apresentem as suas candidaturas através do e-mail presidente@cruzvermelha.org.pt, adianta a organização num comunicado enviado à agência Lusa.
A Cruz Vermelha Portuguesa adianta ainda que se encontra a caminho da Beira (Moçambique) a responsável pelas Relações Internacionais da CVP para integrar a equipa de especialistas do Serviço de Restabelecimento de Laços Familiares em articulação com o Comité Internacional da Cruz Vermelha.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Malawi e Zimbabwe provocou mais de 350 mortos, segundo balanços provisórios.
Em Moçambique, pelo menos 217 pessoas morreram e 350 mil estão em situação de risco. Foi decretado o estado de emergência nacional.
O primeiro de dois aviões C-130 da Força Aérea Portuguesa, com uma Força de Reacção Imediata constituída por 25 fuzileiros, 10 elementos do Exército, três da Força Aérea e dois da GNR (equipa cinotécnica), é esperado esta quinta-feira na Beira, para apoiar as operações de busca e salvamento.
O Governo português anunciou que 30 cidadãos nacionais residentes na Beira estavam por localizar na quarta-feira.
A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
No Zimbabwe, as autoridades contabilizaram pelo menos 100 mortos e centenas de desaparecidos, enquanto no Malawi as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.
Os donativos internacionais para ajuda de emergência atribuídos desde segunda-feira aos três países afectados pelo ciclone Idai ascendem já a pelo menos 52,5 milhões de euros.