CDS alerta para riscos na segurança dos doentes nas farmácias hospitalares

Assunção Cristas denunciou falta de farmacêuticos e de condições de trabalho.

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CDS preocupado com farmácias hospitalares LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A líder do CDS-PP alerta para os riscos de segurança clínica para os doentes que utilizam as farmácias hospitalares por falta de técnicos, de “exaustão” dos profissionais. A denúncia foi feita por Assunção Cristas e pela deputada Isabel Galriça Neto, esta quinta-feira, com base numa audição parlamentar, realizada um dia antes à bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e a alguns destes profissionais com responsabilidades em hospitais. 

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A líder do CDS-PP alerta para os riscos de segurança clínica para os doentes que utilizam as farmácias hospitalares por falta de técnicos, de “exaustão” dos profissionais. A denúncia foi feita por Assunção Cristas e pela deputada Isabel Galriça Neto, esta quinta-feira, com base numa audição parlamentar, realizada um dia antes à bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e a alguns destes profissionais com responsabilidades em hospitais. 

“Há risco de ruptura nas farmácias hospitalares, denunciado pela Ordem dos Farmacêuticos e ao qual aparentemente o Governo não está a dar ouvidos”, admitiu Assunção Cristas, relatando que “continuam a faltar farmacêuticos e outros técnicos - ao todo 150 - em todo o Serviço Nacional de Saúde”. No caso de Portimão, por exemplo, os técnicos não vão poder, nos próximos dias, preparar quimioterapia para os doentes oncológicos, que vão ter de se deslocar para o hospital de Faro que está “sobrecarregado”.

A situação é uma “ameaça da segurança dos doentes”, afirmou a líder do CDS, referindo que há “inúmeros profissionais em estado de exaustão”, além de técnicos “a trabalhar em pré-fabricados onde chove lá dentro”. Assunção Cristas exige “medidas rápidas e urgentes” e sublinha o contraste desta situação com a “desvalorização” que o primeiro-ministro faz na saúde. Na próxima semana, a bancada vai confrontar a ministra da Saúde com os relatos que ouviu ontem e “é bem possível” que posteriormente apresente uma iniciativa legislativa.

Isabel Galriça Neto referiu um testemunho de uma responsável da farmácia do hospital de Vila Nova Gaia, que disse recear acontecer um caso idêntico ao que provocou a cegueira de doentes em Santa Maria, em 2009, para chamar a atenção para os riscos: “Quando alguém diz que a segurança clínica está comprometida para mim é como vinte bandeiras vermelhas levantadas”.