O plástico que só usas uma vez “tortura os oceanos para sempre”

A Sea Shepherd Conservation Society quer lembrar que "uma pequena acção não pensada pode causar um enorme estrago na natureza". A nova campanha mostra uma tartaruga e uma foca em asfixia, depois de um saco de plástico se enfiar à volta dos seus focinhos.

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Quando, irreflectidamente, usamos um saco de plástico, não pensamos que isso pode representar sofrimento para milhares de animais ou ter impacto no ambiente. Afinal, é só um saco de plástico. Mas o que acontece se todos pensarmos o mesmo? A resposta dada pela Sea Shepherd Conservation Society (SSCS) é simples, mas dura: “O plástico que só usas uma vez tortura os oceanos para sempre.”

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Quando, irreflectidamente, usamos um saco de plástico, não pensamos que isso pode representar sofrimento para milhares de animais ou ter impacto no ambiente. Afinal, é só um saco de plástico. Mas o que acontece se todos pensarmos o mesmo? A resposta dada pela Sea Shepherd Conservation Society (SSCS) é simples, mas dura: “O plástico que só usas uma vez tortura os oceanos para sempre.”

A organização de conservação marinha lançou uma campanha de alerta para a “infeliz realidade” que está a acontecer com os “milhares de animais nos oceanos”. Para isso, em parceria com as agências de publicidade Tribal Worldwide São Paulo e DDB Guatemala, criou dois cartazes com imagens de uma tartaruga e uma foca em “extrema agonia”, depois de um saco se ter enfiado nos seus focinhos.

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O objectivo é “chegar ao máximo de pessoas possível” e “chamar a atenção para o facto de podermos, com pequenos passos, assegurarmo-nos que cenários terríveis como este não acontecem”, explicou Guiga Giacomo, director criativo da Tribal Worldwide em São Paulo, citado no site da SSCS. “Infelizmente, uma pequena acção não pensada pode causar um enorme estrago na natureza, sem nos darmos conta.”

Além dos cartazes, a SSCS desenvolveu ainda conteúdos para as redes sociais e para o site, com informações acerca do impacto do plástico nos oceanos e sugestões de hábitos diários que podem ajudar a reduzir a utilização de plásticos. Que podem passar por acções simples: dizer não à utilização de palhinhas ou talheres descartáveis, comprar a granel ou deixar de beber água engarrafada, para evitar a utilização de embalagens.

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Os efeitos que as ilhas de plástico acumulado nos oceanos estão a provocar são demasiado reais para serem ignorados. A 16 de Março, uma baleia deu à costa nas Filipinas com 40 quilos de sacos plásticos no estômago. Terá morrido de “choque gástrico” devido à quantidade de plástico ingerido. Já em Novembro de 2018, uma baleia tinha sido encontrada morta na Indonésia com 5,9 quilos de plástico no estômago. E os cientistas já avisaram: se as taxas de poluição actuais se mantiverem, em 2050 haverá mais plástico do que peixes no mar.