Trump anuncia que EUA vão reconhecer soberania israelita sobre os Montes Golã
Netanyahu já agradeceu gesto "corajoso" do Presidente norte-americano.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, escreveu no Twitter que os EUA vão reconhecer a soberania de Israel sobre os Montes Golã, território que o Estado hebraico conquistou à Síria na guerra de 1967 e anexou em 1981.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, escreveu no Twitter que os EUA vão reconhecer a soberania de Israel sobre os Montes Golã, território que o Estado hebraico conquistou à Síria na guerra de 1967 e anexou em 1981.
“Após 52 anos, chegou a altura dos Estados Unidos reconhecerem totalmente a soberania israelita sobre os Montes Golã, que são de importância crítica para o Estado de Israel e para a estabilidade regional”, escreveu o Presidente norte-americano no Twitter.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também usou o Twitter para responder: "Numa altura em que o Irão tenta usar a Síria como plataforma para destruir Israel, o Presidente Trump reconhece de forma corajosa a soberania israelita sobre os Montes Golã. Obrigado Presidente Trump!”
Trump vai receber Netanyahu em Washington na segunda-feira, num encontro visto como parte da ajuda do Presidente americano ao chefe de Governo que se candidata à reeleição a 9 de Abril. No mesmo dia em que Netanyahu está com Trump, o seu concorrente directo, Benny Gantz, vai falar ao influente grupo de lobby judaico AIPAC. Os dois encontros estão marcados para exactamente a mesma hora, o que dará vantagem ao actual primeiro-ministro na cobertura noticiosa.
O consenso internacional sobre a região, um planalto na fronteira com a Síria, sempre foi que deveria seguir a fronteira internacional, ou seja, que Israel abdicaria um dia desse território.
Mas a guerra na Síria e a chegada de Trump ao poder nos EUA e a sua posição marcadamente pró-Israel mudaram isso, e já se especulava que a Administração norte-americana se preparava para este reconhecimento.