Êxito da petição para anular o “Brexit” bloqueou sitedo Parlamento britânico
“Eu assinei, como qualquer pessoa sensata neste país. Emergência nacional”, escreveu o actor Hugh Grant. Há mais de um milhão de assinaturas, são precisas cem mil para o parlamento ter que debater o tema.
Uma petição online para que o Governo britânico renuncie à saída da União Europeia teve tanto sucesso que bloqueou esta quinta-feira o site do Parlamento britânico destinado às petições.
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Uma petição online para que o Governo britânico renuncie à saída da União Europeia teve tanto sucesso que bloqueou esta quinta-feira o site do Parlamento britânico destinado às petições.
Revogar o artigo 50 e permanecer na UE é o título da petição lançada na quarta-feira por Margaret Anne Georgiadou e que, de acordo com os números no site, já regista mais de um milhão de assinaturas.
“O Governo afirma repetidamente que sair da UE é a ‘vontade do povo’. Temos de acabar com esta afirmação, demonstrando a força do apoio público actual para permanecer na UE”, indica o texto da petição.
Em declarações à BBC, Margaret Anne Georgiadou disse que, “para muitas pessoas, é agora ou nunca”, considerando que os activistas pró-UE como ela têm sido “reduzidos ao silêncio e ignorados” desde o referendo de Junho de 2016 que decidiu o “Brexit" por 52% dos votos.
Entre os signatários da petição, que pode ser assinada por cidadãos britânicos e residentes no Reino Unido, encontra-se o actor Hugh Grant. “Eu assinei, como qualquer pessoa sensata neste país. Emergência nacional”, escreveu Grant no Twitter. As petições precisam de um mínimo de 100 mil assinaturas para serem debatidas no Parlamento britânico.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, reconheceu nesta quinta-feira que cancelar o “Brexit” é uma possibilidade se a Câmara dos Comuns não aprovar na próxima semana o acordo da primeira-ministra, Theresa May, embora a considerasse altamente improvável.
May encontra-se em Bruxelas para tentar convencer os 27 a concederem ao país um adiamento até 30 de Junho, que a UE faz depender da aprovação do acordo no Parlamento britânico.