Paulo Gonzo a celebrar canções e a voltar à matriz dos blues

Paulo Gonzo apresenta-se com Mario Biondi nos coliseus e vai começar a fazer também festivais de blues: um balanço de anos em festa e um regresso à matriz. Esta sexta-feira no Coliseu de Lisboa e domingo no do Porto.

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Paulo Gonzo ARLINDO CAMACHO

Cantor e compositor, com uma carreira a solo que soma 35 anos em 2019 (ainda iniciada a par do trabalho na extinta Go Graal Blues Band), Paulo Gonzo apresenta-se esta sexta-feira no Coliseu de Lisboa e domingo no Coliseu do Porto. Com uma banda aumentada e um convidado especial: o cantor italiano Mario Biondi, voz caldeada na música soul, a lembrar Isaac Hayes ou Lou Rawls.

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Cantor e compositor, com uma carreira a solo que soma 35 anos em 2019 (ainda iniciada a par do trabalho na extinta Go Graal Blues Band), Paulo Gonzo apresenta-se esta sexta-feira no Coliseu de Lisboa e domingo no Coliseu do Porto. Com uma banda aumentada e um convidado especial: o cantor italiano Mario Biondi, voz caldeada na música soul, a lembrar Isaac Hayes ou Lou Rawls.

“É um concerto para celebrar canções e para fazer um pouco o balanço de alguns anos”, diz Paulo Gonzo ao PÚBLICO. E realiza-se nos coliseus porque, acrescenta, “são salas muito importantes. Não têm a dimensão de uma Altice Arena mas para mim têm mais valor, até porque eu comecei lá, com a Go Graal Blues Band, em 1979, ano em que lançámos o primeiro disco da Go Graal, que foi até produzido pelo [radialista] Jaime Fernandes.” O apelo destas salas estende-se ao público: “São salas com uma patine muito especial e deixam-nos sempre com um friozinho na espinha”.

Quatro canções com Biondi

Quando gravou o disco Duetos, em 2013, Mario Biondi fez parte dos convidados, a par de Ana Carolina, Anselmo Ralph, Jorge Palma, India Martinez, Mario Biondi, Carlos Rivera, Matias Damásio, Tammy Paine, Tito Paris, Fafá de Belém, Rui Reininho e Bernardo Sassetti. “Sou super admirador e fã dele. Vem da escola do blues, faz fusão, é muito versátil. Há quatro anos, ele acabou por vir ao ainda Meo Arena [hoje Altice] quando fiz os Duetos ao vivo, fizemos duas canções, Woman woman e depois Hey Girl [incluída no álbum Diz-Me, de 2017].”

Agora, com uma banda alargada (“Introduzi mais um trio de metais, somos para aí uns 13 ou 14 músicos em palco”), Biondi vai cantar com Gonzo quatro canções. “Vou apresentá-lo mais ou menos a meio e será um bloco de quatro canções seguidas. Começa a cantar sozinho a última canção que ele fez e que se chama I wanna be free, e depois cantaremos juntos Just the way you are, do disco By Request [2010], de que ele fez uma versão também, Woman woman e Hey girl.”

Antes dos coliseus, Paulo Gonzo lançou nas plataformas digitais um novo single, Diz que sim, anunciado como um “tema que fará parte do próximo álbum de originais.” Não sendo mentira, é contudo algo distante. “É um disco que inevitavelmente já tenho na cabeça, mas ainda tarda em concretizar. Aliás, com o tempo, até pode ir para outro sítio que eu não esteja à espera.” Não tem ainda título nem se prevê que ganhe forma final durante este ano, talvez só em 2020.

Depois dos concertos nos coliseus (que começam ambos às 21h30), aguardam-no outros palcos: “Tenho os espectáculos normais a decorrer pelo país e fora dele, mas a par destes vou começar a fazer os festivais de blues. O primeiro é em Julho, nos Açores, e depois haverá mais. Estarei na mesma com os meus músicos, só que a abordagem é outra, e isso vai-me dar imenso gozo.”