Adolfo Mesquita Nunes renuncia a cargo de “vice” do CDS
Decisão terá sido tomada com o conhecimento e apoio de Cristas. Adolfo Mesquita Nunes deixa cargo político para assumir administração não-executiva da Galp.
Adolfo Mesquita Nunes renunciou ao cargo de vice-presidente do CDS para poder assumir o cargo de administrador não-executivo da Galp, avança o Expresso. Numa carta enviada no passado fim-de-semana a Assunção Cristas, líder do partido, Adolfo Mesquita Nunes explica que a saída do cargo político significa uma opção pela carreira profissional, em detrimento da actividade política, de acordo com a carta a que o semanário teve acesso.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Adolfo Mesquita Nunes renunciou ao cargo de vice-presidente do CDS para poder assumir o cargo de administrador não-executivo da Galp, avança o Expresso. Numa carta enviada no passado fim-de-semana a Assunção Cristas, líder do partido, Adolfo Mesquita Nunes explica que a saída do cargo político significa uma opção pela carreira profissional, em detrimento da actividade política, de acordo com a carta a que o semanário teve acesso.
Esta opção já havia sido sugerida numa entrevista ao Expresso no ano passado, e que o levou a não avançar para uma candidatura a deputado nas legislativas de 2015. Em Abril, Adolfo Mesquita Nunes deixará as responsabilidades políticas e assumirá funções na Galp.
Citada pelo Expresso, Assunção Cristas afirma que a renúncia ao cargo foi acordada entre ambos quando Adolfo Mesquita Nunes lhe transmitiu as suas pretensões de aceitar a proposta. “Lamento, mas compreendo”, disse Cristas ao Expresso, acrescentando que o ainda vice-presidente do partido continuará a coordenar o grupo que prepara o programa eleitoral para as próximas legislativas.
“É uma perda, no sentido em que o Adolfo é óptimo e deixa de ser vice-presidente, mas seria mais preocupante se ele não pudesse preparar o programa eleitoral, que é o trabalho mais relevante que ele está a fazer do ponto de vista partidário”, diz Cristas citada pelo semanário.
Na carta entregue a Assunção Cristas, o ex-secretário de Estado do Turismo lembra que em 2016, quando integrou a direcção do CDS, já tinha tomado a decisão de voltar para a “vida profissional” e de se dedicar a ela “prioritariamente”. Para essa decisão “contribuíram motivos vários, sobretudo pessoais”, conhecidos de todos os que lhe são próximos.
“Gosto de pensar políticas públicas e gosto de contribuir para um país com mais liberdade, mas o exercício diário e profissional da política, sobretudo num tempo de sobre-exposição, afasta-se do quotidiano que perspectivo para a minha vida”, escreveu no documento entregue à líder do partido.
Depois de três anos como vice de Cristas, o centrista elogiou ainda a “inspiradora liderança” da presidente do CDS, sublinhando que tendo Cristas no poder, o partido “será um dia a primeira força”.
Além de levar até ao fim o seu trabalho no grupo Portugal com Futuro, que tem como intuito apresentar uma proposta de programa eleitoral às eleições legislativas, Mesquita Nunes cumprirá o seu mandato como vereador da oposição na câmara da Covilhã até 2021.