Família no Governo? Ministro responde, pela primeira vez, nas redes sociais
Até agora, nem Eduardo Cabrita nem Ana Paula Vitorino, nem sequer os membros do Governo com o apelido Vieira da Silva tinham vindo a público reagir a notícias sobre as suas relações familiares e a ida para o executivo.
Pela primeira vez, um membro do Governo de António Costa, reagiu publicamente às notícias que dão conta de que um elemento da sua família integrou um gabinete ministerial. Depois de o Jornal de Notícias ter titulado “Mulher de Pedro Nuno no Governo”, o ministro das Infra-estruturas respondeu, no Facebook, através de um longo texto em que começa por dizer que “o povo tem o direito de questionar e de querer garantir que os cargos de poder político não são usados para que alguns se sirvam a si e às suas famílias" e acaba a passar um atestado de profissionalismo, competência e confiança à mulher.
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Pela primeira vez, um membro do Governo de António Costa, reagiu publicamente às notícias que dão conta de que um elemento da sua família integrou um gabinete ministerial. Depois de o Jornal de Notícias ter titulado “Mulher de Pedro Nuno no Governo”, o ministro das Infra-estruturas respondeu, no Facebook, através de um longo texto em que começa por dizer que “o povo tem o direito de questionar e de querer garantir que os cargos de poder político não são usados para que alguns se sirvam a si e às suas famílias" e acaba a passar um atestado de profissionalismo, competência e confiança à mulher.
“Conhecemo-nos há cerca de dezasseis anos, através do meu amigo e companheiro de muitas lutas políticas, Duarte Cordeiro”, conta Pedro Nuno Santos, referindo-se ao secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares que levou Catarina Gamboa, mulher de Pedro Nuno, do seu gabinete da câmara para o seu gabinete no executivo.
“A Catarina, que é a minha mulher e a mãe do meu filho Sebastião é, também a Catarina Gamboa: excelente profissional, pessoa de enorme competência e confiança - e hoje chefe do gabinete de Duarte Cordeiro (...). Nada me deve a mim - apenas por ser minha mulher”, sublinha.
A história de amizade entre Duarte e Pedro desenvolve-se nos meandros da política, entre lutas pela concelhia de Lisboa e a Federação de Aveiro. “Estávamos os dois ainda na faculdade e sabíamos que se ganhássemos aqueles dois combates a seguir avançaríamos para a conquista da JS nacional. Assim foi.”
Foi também nesse meio que a história de amor se desenrolou. “Nesse percurso conheci uma jovem militante da equipa concelhia do Duarte. Uma mulher bonita, divertida e com muita graça, inteligente, desafiadora e, sobretudo, competente. Ela era inquieta, rebelde, sempre pronta a desafiar e a questionar as minhas decisões. Mas apesar de chocarmos muito, gostava da personalidade dela e do seu instinto político. Era uma pessoa assim que precisávamos na nossa equipa e foi por isso que ela fez parte do meu primeiro secretariado nacional da JS”, revela o ministro.
A publicação no Facebook continua, por mais quatro parágrafos, e demora-se sobre o currículo de Catarina Gamboa para concluir: “A realidade é sempre mais longa e complexa do que as notícias e os títulos dos jornais. Mais complexa, mas também mais simples. Na verdade, aconteceu connosco o que acontece com muitas pessoas - apaixonarmo-nos por alguém com quem nos relacionamos, seja no nosso grupo de amigos, seja no trabalho. Acontece com políticos e acontece em muitas outras profissões.”
Pedro Nuno Santos reafirma ainda o princípio “de que ninguém deve ocupar uma função profissional por favor, como ninguém deve ser prejudicado na sua vida profissional por causa do marido, da mulher, da mãe ou do pai”.