Assunção Cristas lança “missão São Bento”

CDS-PP criou grupo para preparar estratégia de campanha para as próximas legislativas.

Foto
LUSA/TIAGO PETINGA

A líder do CDS-PP já tem em marcha a operação de campanha para as legislativas e chamou-lhe “missão São Bento”. Trata-se de um grupo de pessoas, entre deputados, dirigentes e colaboradores, que já reuniu pelo menos duas vezes para preparar a estratégia para as eleições de Outubro.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A líder do CDS-PP já tem em marcha a operação de campanha para as legislativas e chamou-lhe “missão São Bento”. Trata-se de um grupo de pessoas, entre deputados, dirigentes e colaboradores, que já reuniu pelo menos duas vezes para preparar a estratégia para as eleições de Outubro.

Foi no âmbito dessa operação que Assunção Cristas já anunciou a directora de campanha das legislativas – a deputada Ana Rita Bessa – tal como o PÚBLICO avançou na passada sexta-feira. O anúncio foi feito na terça-feira da semana passada, na reunião do grupo “missão São Bento”, e surpreendeu muitos dos que estavam na sala. Os encontros decorreram na sede do partido e neles têm participado deputados, dirigentes e pessoas que colaboraram com o CDS na campanha de Lisboa.

O nome “missão São Bento” (com o qual foi criado um grupo no WhatsApp) foi, aliás, inspirado no mote interno da campanha de Lisboa, nas últimas autárquicas, em que Assunção Cristas obteve um resultado histórico para o partido. É aliás nesse modelo de campanha que a líder se quer inspirar para as legislativas em que já traçou como objectivo mínimo eleger 18 deputados – os mesmos que a bancada tem actualmente.

Foi com a ideia de dar um sinal de renovação que Assunção Cristas justificou a escolha de Ana Rita Bessa para dirigir a campanha, já que a deputada entrou mais recentemente na vida do partido (é membro da comissão executiva) e foi eleita pela primeira vez para a Assembleia da República em 2015.

Tal como aconteceu com a candidatura à Câmara de Lisboa (em que Assunção Cristas se apresentou como candidata um ano antes das autárquicas), a líder do CDS-PP está a trabalhar para as legislativas com mais de um ano de antecedência.

O programa eleitoral, coordenado pelo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes, começou a ser preparado em Março de 2018 (mais de um ano e meio antes das legislativas) e as listas de deputados devem estar fechadas até ao final deste mês ou no princípio de Abril. Os primeiros quatro nomes da lista para as europeias foram conhecidos no congresso do CDS em Fevereiro de 2018, um ano antes de serem conhecidos os nomes dos candidatos do PSD, que só na semana passada ficaram fechados.

Apesar de o programa eleitoral ainda não ter sido divulgado – agora o CDS prefere dar prioridade à campanha das europeias - há algumas propostas que já foram divulgadas como a de avançar para uma solução no teletrabalho e o alargamento da escolaridade obrigatória do inglês aos 12 anos. O PSD de Rui Rio optou por criar o Conselho Estratégico Nacional como um novo espaço de actividade partidária e que ao mesmo tempo prepara propostas para integrar o programa eleitoral. 

Na campanha para as europeias, o CDS também quis ser o primeiro a ter cartazes do cabeça de lista nas ruas. Nuno Melo já mudou entretanto a imagem (no caso do PSD só este fim-de-semana Paulo Rangel inaugurou o primeiro cartaz) depois de ter lançado no verão passado um flyer com dez ideias de campanha.