No Planetário do Porto, Rodrigo Amado e Jorge Queijo viajam sem roteiro pelo cosmos
Os artistas levam o improviso às estrelas, num concerto em que ouvidos e olhos exploram o Universo. A 16 de Março, o Planetário do Porto recebe uma "experiência imersiva" que vai "além do som".
A odisseia começa com a música e apenas termina no espaço. Depois de Guimarães, o saxofone de Rodrigo Amado e a bateria de Jorge Queijo descolam das partituras e da Terra para explorar o cosmos. Através de um espectáculo de som e imagem, o Planetário do Porto aventura-se numa “viagem espacial” este sábado, 16 de Março.
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A odisseia começa com a música e apenas termina no espaço. Depois de Guimarães, o saxofone de Rodrigo Amado e a bateria de Jorge Queijo descolam das partituras e da Terra para explorar o cosmos. Através de um espectáculo de som e imagem, o Planetário do Porto aventura-se numa “viagem espacial” este sábado, 16 de Março.
Do jazz à música electrónica, os artistas improvisam com um objectivo: “comunicar com as pessoas, comunicar emoções, sentimentos, sejam eles qual forem”. Em conversa com o P3, Rodrigo Amado, saxofonista, falou sobre o concerto “especial” no Planetário do Porto, a primeira vez que complementa a música com uma narrativa visual. “As condições estão criadas para haver uma experiência imersiva. Acho que vai muito além do som.”
No Porto, os músicos preparam-se para explorar o cosmos, desde a Lua até a um buraco negro, passando antes pelos anéis de Saturno, meteoros e nebulosas. As pessoas podem “prestar mais atenção à música” ou preferir “viajar com as imagens” projectadas. “Acima de tudo, vamos sentir muita da energia na sala e transformá-la em música”, acredita Rodrigo, para quem a presença visual terá um impacto na música. Esta deverá ser “completamente diferente” da improvisação “mais convencional” apresentada em Guimarães.
Para não tocar duas vezes a mesma nota, o saxofonista revela uma prática de “domínio do instrumento e da linguagem”: “Preparamo-nos para, no momento do improviso, sermos capazes de passar as ideias que nos surgem para o instrumento, em milésimos de segundo.” Rodrigo vive em Lisboa e Jorge no Porto, o que torna difícil tocarem juntos. Ainda assim, “a comunicação é intuitiva e imediata” entre os dois, o que só acontece porque passam “horas nos respectivos estúdios a praticar”.
Rodrigo “procura não ficar preso em Lisboa” e faz questão de levar a sua música a vários pontos do país, à Europa e aos Estados Unidos, onde já esteve, por várias vezes, em digressão. Aliás, foi com os americanos Joe McPhee, Kent Kessler e Chris Corsano que o saxofonista lançou o álbum A History of Nothing em 2018, o segundo do quarteto.
O concerto no Planetário do Porto tem início às 18h30, este sábado, 16 de Março. Os bilhetes, a sete euros, estão à venda no local uma hora antes do início do espectáculo.
Artigo corrigido: o concerto tem início às 18h30 e não às 22h, como estava inicialmente escrito.