Passe único de família na Área Metropolitana de Lisboa adiado para Julho

O primeiro-secretário metropolitano afirmou que os procedimentos de introdução dos novos passe estão a ser difíceis "do ponto de vista técnico" porque se quer evitar que as pessoas andem "com vários papéis atrás".

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Miguel Manso

O passe único de família nos 18 conselhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) apenas estará disponível a partir de Julho e não no dia 1 de Abril como estava previsto, informou esta sexta-feira a entidade.

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O passe único de família nos 18 conselhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) apenas estará disponível a partir de Julho e não no dia 1 de Abril como estava previsto, informou esta sexta-feira a entidade.

A informação foi dada pelo primeiro-secretário metropolitano ao Diário de Notícias esta sexta-feira. Carlos Humberto disse que o passe familiar era a situação “mais difícil do ponto de vista técnico e que ainda está a ser estudada”, tendo em conta que é necessária a “cooperação de várias entidades do Estado central, senão as pessoas têm de andar com vários papéis atrás”.

A ideia é que os concelhos da AML tenham um passe único, no valor máximo de 40 euros, permitindo uma poupança que, para milhares de passageiros, pode ultrapassar os 100 euros mensais. O novo passe único permitirá ainda simplificar o complexo sistema de títulos de transporte, que actualmente tem cerca de duas mil combinações possíveis.

Um casal que se desloque diariamente entre Setúbal e Lisboa, usando o comboio da Fertagus, o Metro e a Carris paga actualmente pelos dois passes 317,5 euros (158,75 euros cada). O custo para esta família subirá 63,50 euros, para 381 euros, se, por exemplo, existir um filho com menos de 23 anos que se desloque diariamente para estudar numa universidade em Lisboa. Com esta mudança para o passe de família passará a ter um custo máximo de 40 euros por passe e um máximo de 80 euros por agregado familiar, o mesmo casal e o filho pagarão apenas 80 euros.

Mais a norte, quem vem de Mafra paga mensalmente 154 euros por utilizar a linha da Mafrense até ao Campo Grande e a Carris e o Metropolitano para se movimentar em Lisboa. Da Malveira, também no concelho de Mafra, o preço do passe que permite utilizar os mesmos transportes é de 117,25 euros mensais. Estes são dos exemplos mais onerosos nas deslocações dentro da AML.

O preço de quem utiliza actualmente o passe LX123, que permite o acesso a vários transportes e deslocações até três coroas em concelhos nos arredores da cidade lisboeta, incluindo localidades de Almada, do Barreiro e do Seixal, na margem sul, é de 69,65 euros. Este é tanto o preço deste passe para quem vai, por exemplo, do Cacém, no concelho de Sintra, para Lisboa, como o de quem vai de Corroios, no Seixal, ou da Baixa da Banheira, no Barreiro.

Os utilizadores dos passes combinados com comboio da CP, Metro e Carris pagam 82,45 euros se vierem de Vila Franca de Xira, 80,35 euros se vierem de Cascais e 81,85 se utilizarem a linha desde Sintra.