É eleitoralismo fazer inaugurações? “Não, nada”, responde Costa
O primeiro-ministro diz que “nunca se sentiu mal” sobre a nota da Comissão Nacional de Eleições que alertava para o que não pode ser feito em período eleitoral.
O primeiro-ministro recusou esta quinta-feira à tarde qualquer eleitoralismo por ter dedicado a semana a visitas a novos espaços e equipamentos na área da saúde. “Não, nada”, foi o que respondeu quando questionado sobre se não sente que as inaugurações desta semana podem ser vistas como eleitoralismo.
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O primeiro-ministro recusou esta quinta-feira à tarde qualquer eleitoralismo por ter dedicado a semana a visitas a novos espaços e equipamentos na área da saúde. “Não, nada”, foi o que respondeu quando questionado sobre se não sente que as inaugurações desta semana podem ser vistas como eleitoralismo.
António Costa falava depois de uma visita ao Hospital de S. José, onde foi ver vários equipamentos novos que permitem fazer um diagnóstico precoce de algumas doenças, e que custaram àquele estabelecimento cerca de quatro milhões de euros, de um total de 30 milhões de investimento nos últimos anos no S. José, disse o primeiro-ministro. “São estas as contas que queremos apresentar aos portugueses, um esforço de recuperação do investimento”, mas “conjugando os recursos que temos”.
Quando questionado sobre se se sente mais confortável agora para fazer inaugurações, depois de a Comissão Nacional de Eleições ter clarificado que o Governo pode fazê-las, Costa respondeu: “Nunca me senti mal porque nunca tive nenhuma confusão sobre o que era publicidade institucional. Quem conhece a lei sabe que nunca a CNE falou nada que tivesse a ver com inaugurações”, disse.
O primeiro-ministro dedicou esta semana a visitas a espaços de saúde, mas desta vez não teve como companhia a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco. Os enfermeiros marcaram nova greve, em Abril, e desta vez não será sentida apenas nos blocos operatórios, mas Costa foge a comentar a greve. Contudo, acaba por dizer que o executivo vai fazer o que ficou acordado e que, no que toca aos recursos humanos, o Governo “fez tudo o que tinha no programa do Governo para fazer e até foi um pouco mais além”.
Mas, disse, apesar de tudo o que foi feito, os sindicatos têm a sua avaliação: “Não me compete a mim governar os sindicatos. Têm a avaliação deles, fazem o trabalho deles. A missão do Governo não é impedir greves, é assegurar que o Serviço Nacional de Saúde, no dia-a-dia, está em cada vez melhores condições de cumprir a sua função e contribuir para a promoção e protecção da saúde dos portugueses.”