Sorteio da UEFA: supremacia inglesa após década de reinado espanhol
FC Porto e Benfica ficam a conhecer na sexta-feira os adversários nos quartos-de-final da Champions e da Liga Europa.
O FC Porto conhece na sexta-feira, ao final da manhã, no sorteio que terá lugar em Nyon, na Suíça, o adversário dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Uma fase que marca o súbito declínio espanhol (desde 2012-13 teve sempre três representantes) e a ascensão britânica, volvida uma década desde a última vez em que os ingleses contaram com quatro clubes entre os oito melhores da competição (e três nas meias-finais).
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O FC Porto conhece na sexta-feira, ao final da manhã, no sorteio que terá lugar em Nyon, na Suíça, o adversário dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Uma fase que marca o súbito declínio espanhol (desde 2012-13 teve sempre três representantes) e a ascensão britânica, volvida uma década desde a última vez em que os ingleses contaram com quatro clubes entre os oito melhores da competição (e três nas meias-finais).
Com início marcado para as 11 horas, o sorteio — que determinará todo o trajecto até à final de 1 de Junho, em Madrid — será aberto, sem cabeças-de-série e com eventuais restrições a serem apenas anunciadas antes da cerimónia. A questão relativa ao emparelhamento de clubes do mesmo país também não se coloca, havendo, além do quarteto inglês, uma equipa italiana (Juventus), uma espanhola (Barcelona), uma holandesa (Ajax) e o FC Porto.
Apenas a situação dos “vizinhos” Manchester City e Manchester United (caso não venham a defrontar-se nos “quartos”) coloca alguns problemas operacionais, não podendo actuar simultaneamente em casa na mesma noite ou em noites consecutivas, limitação imposta pelas autoridades locais. A solução encontrada para contornar a eventualidade de o calendário dos “citizens” colidir com o dos “red devils” passa pela alteração do compromisso da equipa menos bem classificada na liga doméstica da época passada, que no caso será o Manchester United, numa medida consonante com os princípios do Comité de Competições de Clubes da UEFA. O mesmo princípio será aplicado nas meias-finais.
Perante este quadro, com a legião inglesa a substituir a armada invencível comandada pelo já afastado Real Madrid ao longo dos últimos cinco anos (com quatro títulos conquistados), aumentam as probabilidades de Inglaterra voltar a vencer a Champions, o que apenas o Chelsea alcançou na última década (2011-12). Antes dos londrinos, que agora nem sequer se encontram entre os candidatos, fora o Manchester United a erguer o troféu pela terceira e última vez na história.
Aliás, dos oito pretendentes à conquista da final de Madrid só Manchester City e Tottenham não venceram ainda o troféu. A lista de honra é bastante eloquente, com Barcelona e Liverpool no topo, com cinco Champions cada, seguidos de Ajax (4), Manchester (3), FC Porto e Juventus (2), não obstante a supremacia dos catalães na última década, com três títulos, o último dos quais há quatro edições.
Traçado o destino dos campeões, o sorteio avança (às 12h) com a Liga Europa nos mesmos moldes adoptados para a Champions. Ao contrário de épocas anteriores, o trajecto até à final de Baku, no Azerbaijão (a 29 de Maio), ficará já alinhavado. Na corrida estão os ingleses do Chelsea, vencedores em 2012-13, e do Arsenal. Os “blues” golearam (0-5) os ucranianos do Dínamo, em Kiev, com hat-trick de Giroud, confirmando a vitória (3-0) de Stamford Bridge. Os “gunners” desarmaram o Rennes (3-0), recuperando do 3-1 de França.
Mais sofrido foi o apuramento do Valência, frente ao Krasnodar, na Rússia. Gonçalo Guedes (90+3’) salvou os espanhóis de uma eliminação certa. Ainda de Espanha, sinal verde para o Villarreal e vermelho para o Sevilha. O “carrasco” do Sporting venceu de novo o Zenit (2-1), enquanto o recordista de títulos da Liga Europa (5), submetido a horas extra em Praga, perdeu frente ao Slavia (4-3, a.p.).
Menos sorte teve o Inter Milão, detentor de três taças, derrotado em Milão pelo Eintracht Frankfurt, com um golo de Luka Jovic (0-1), depois do nulo da primeira mão. Itália até podia ter sido riscada, mas Milik deu a passagem ao Nápoles na derrota (3-1) em Salzburgo, depois do (3-0) do primeiro jogo.