"Número dois” da lista às europeias entusiasma PSD
Lista de candidatos dos sociais-democratas ao Parlamento Europeu é aprovada nesta quarta-feira em conselho nacional.
O PSD aprova nesta quarta-feira, nos órgãos nacionais, a lista às europeias que é liderada por Paulo Rangel. A “número dois” é Lídia Pereira, líder da juventude do Partido Popular Europeu, um nome que foi bem recebido até pelos mais críticos de Rui Rio. O conselho nacional deverá ainda adiar para o próximo congresso as propostas de alteração aos estatutos.
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O PSD aprova nesta quarta-feira, nos órgãos nacionais, a lista às europeias que é liderada por Paulo Rangel. A “número dois” é Lídia Pereira, líder da juventude do Partido Popular Europeu, um nome que foi bem recebido até pelos mais críticos de Rui Rio. O conselho nacional deverá ainda adiar para o próximo congresso as propostas de alteração aos estatutos.
Lídia Pereira, 27 anos, foi o nome indicado pela JSD (e também pela distrital de Coimbra) para a lista às europeias e Rui Rio propõe que seja “número dois”. A posição é muito privilegiada para a JSD: o melhor que aquela estrutura tinha conseguido era o 7.º lugar de Jorge Moreira da Silva, em 1999.
A líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes, não esconde a satisfação pelo lugar alcançado na lista. “Estamos muito felizes com a aposta na Lídia. É uma aposta clara que o partido está a fazer na juventude e na renovação”, disse ao PÚBLICO. A mesma leitura estava a ser feita pelos críticos de Rui Rio, que receberam bem o nome de Lídia Pereira.
Com a restante lista ainda por divulgar e que ainda estava a ser fechada nesta terça-feira, a escolha de Rui Rio de uma mulher para “número dois” e o pedido feito às distritais para indicarem um homem e uma mulher, a partir do 11.º lugar levou muitos sociais-democratas a concluírem que a lista do PSD pode ser paritária, tal como a do PS.
A proposta de todos os candidatos ao Parlamento Europeu é aprovada na comissão política nacional que se reúne antes do conselho nacional, esta quarta-feira à noite, em Coimbra. Na ordem de trabalhos está não só a aprovação da lista como a revisão dos estatutos, que tem vindo a ser adiada há meses e que deve voltar a sê-lo nesta quarta-feira. Em cima da mesa poderá estar uma proposta para que as alterações passem a ser discutidas só no próximo congresso, após as legislativas. A direcção argumenta que o partido tem de estar agora focado no combate eleitoral e está disposta a adiar as propostas de António Rodrigues e de Paulo Colaço.
“Não prescindo das minhas propostas”, afirma ao PÚBLICO o ex-deputado António Rodrigues, que intervirá no conselho nacional para mostrar a sua discordância face ao arrastamento da discussão. As propostas de alteração aos estatutos foram apresentadas no congresso de Fevereiro de 2018, mas a votação de um documento consensualizado acabou por ser sucessivamente adiada. “Não pode haver centralismo democrático dentro do PSD”, afirmou, referindo-se à proposta da direcção de pedir às distritais que indicassem candidatos às europeias apenas a partir da 11.ª posição. António Rodrigues era autor de uma proposta que pretendia impor uma quota máxima de 30% para a direcção indicar candidatos a deputados e previa a realização de uma convenção nacional bianual.