Operação Aquiles: narcotraficante Franklim Pereira Lobo detido em Espanha

O paradeiro do narcotraficante era dado como desconhecido, embora se soubesse que estaria na região espanhola de Málaga.

Foto
Havia um mandado de detenção europeu para o narcotraficante Fábio Augusto

O narcotraficante português Franklim Pereira Lobo foi detido em Málaga, Espanha, no âmbito de um mandado de detenção europeu, confirmou à agência Lusa fonte da direcção da Polícia Judiciária (PJ). Segundo a mesma fonte, o mandado de detenção tinha sido emitido no âmbito da chamada Operação Aquiles, que envolve crimes de tráfico de droga, associação criminosa e corrupção passiva e activa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O narcotraficante português Franklim Pereira Lobo foi detido em Málaga, Espanha, no âmbito de um mandado de detenção europeu, confirmou à agência Lusa fonte da direcção da Polícia Judiciária (PJ). Segundo a mesma fonte, o mandado de detenção tinha sido emitido no âmbito da chamada Operação Aquiles, que envolve crimes de tráfico de droga, associação criminosa e corrupção passiva e activa.

A Operação Aquiles tem 27 arguidos, entre os quais dois inspectores da PJ, uma vez que os juízes decidiram separar os processos de Franklim Pereira Lobo e da arguida Ana Luísa Caeiro. Segundo a acusação, entre Outubro de 2006 e Janeiro de 2007, elementos da Unidade de Prevenção e Apoio Tecnológico da Polícia Judiciária (UPAT/PJ) transmitiram à sua hierarquia informações resultantes de vigilâncias e recolha de informações que “evidenciavam fortes suspeitas de ligações ao mundo do crime” do ex-coordenador da PJ Carlos Dias Santos.

Estas suspeitas apontavam para ligações do ex-coordenador da PJ com o arguido Jorge Manero de Lemos e a actividade de tráfico de droga desenvolvida por este último. O julgamento dos dois ex-inspectores da PJ começou em Outubro do ano passado, no Campus da Justiça, em Lisboa.

O Ministério Público entende que os inspectores da PJ Carlos Dias Santos e Ricardo Macedo, além de darem informações às organizações criminosas que protegiam, através dos contactos com os pretensos informadores, por vezes recebiam informações das mesmas organizações sobre o tráfico desenvolvido por organizações “concorrentes”.