Mexia promete dividendos de três mil milhões e diz que nuvens pesadas “já desapareceram”
Gestor diz que EDP nunca mexeu na política de dividendos por razões políticas ou regulatórias e garante que, agora, o céu até “está a ficar azul”.
O presidente da EDP afirmou esta terça-feira que “é impossível” que a empresa volte a enfrentar “nuvens maiores” do que as que já enfrentou no passado e garantiu que não vê motivos que possam pôr em risco o pagamento de três mil milhões de euros aos accionistas nos próximos quatro anos.
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O presidente da EDP afirmou esta terça-feira que “é impossível” que a empresa volte a enfrentar “nuvens maiores” do que as que já enfrentou no passado e garantiu que não vê motivos que possam pôr em risco o pagamento de três mil milhões de euros aos accionistas nos próximos quatro anos.
Numa apresentação do plano estratégico para 2019-2022 que ficou marcada por referência várias a nuvens (“nuvens que vão aparecendo”, “olhar para lá das nuvens”...), o presidente da EDP voltou a recorrer à imagem para garantir que a política de dividendos da empresa não vai sofrer “solavancos”.
Recordando os tempos da troika, em que se questionava a capacidade da empresa de remunerar os accionistas, Mexia frisou que a EDP cumpriu sempre o que prometeu (e desde 2005 entregou cerca de oito mil milhões aos investidores).
“Nunca alterámos a política, mesmo quando as nuvens eram pesadas”. E nem mesmo “com as recentes nuvens regulatórias”, acrescentou.
Agora que o céu até “está a ficar azul” e que “as nuvens dessa natureza já desapareceram”, a empresa compromete-se a não alterar a política de distribuição de dividendos.
“Começámos nos 10 cêntimos e crescemos para 19 cêntimos; claramente podemos e vamos cumprir os compromissos”, afirmou.
A EDP apresentou hoje a sua estratégia de crescimento para os próximos quatro anos, que assenta essencialmente no investimento em renováveis e prevê um encaixe de seis mil milhões de euros com alterações ao portefólio de activos.
Aqui se incluem dois mil milhões com a venda de activos de mercado e centrais térmicas na Península Ibérica, e outros quatro mil milhões com a rotação de activos (a venda de posições em projectos de renováveis).
Além disso, a empresa compromete-se a reduzir a dívida líquida em dois mil milhões de euros.
A jornalista viajou a convite da EDP