Porto vai ter um Bairro Académico, a primeira cooperativa de habitação universitária
Será uma residência estudantil com o carimbo da Federação Académica do Porto. Protocolo vai ser assinado a 28 de Março.
O presidente da Federação Académica do Porto avançou à Lusa que a parceria para criar o projecto Bairro Académico, primeira cooperativa de habitação da academia do Porto, é assinada este mês com a Santa Casa da Misericórdia.
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O presidente da Federação Académica do Porto avançou à Lusa que a parceria para criar o projecto Bairro Académico, primeira cooperativa de habitação da academia do Porto, é assinada este mês com a Santa Casa da Misericórdia.
O Bairro Académico é uma “verdadeira experiência de inovação social” e vai ser a “solução própria” da FAP no âmbito das residências estudantis, explicou à agência Lusa João Pedro Videira, adiantando que o primeiro passo para a concretização da ideia vai ser dado no “próximo dia 28 de Março, pelas 11h”, altura em que a academia do Porto assina um protocolo de parceria com a Misericórdia.
“Será uma residência estudantil com o carimbo da FAP. (...) O Porto tem a cultura do bairrismo e daí o nome Bairro Académico”, conta o presidente da FAP, referindo que a ideia foi lançada pelos estudantes em Outubro de 2018 e que o projecto deverá ser edificado “junto ao pólo universitário da Asprela, em terrenos da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
O presidente da FAP já tinha abordado, no seu discurso de tomada de posse de 12 de Dezembro de 2018, a problemática da “falta de alojamento estudantil no Porto” e o facto de os quartos terem duplicado de preço, com estudantes a pagar “500 euros por mês” e que seria necessário criar soluções para os 23 mil estudantes deslocados.
A 13 de Setembro de 2018, e à margem da cerimónia de boas-vindas dos novos estudantes para o ano lectivo 2018-2019, o reitor da Universidade do Porto (UPorto), que foi eleito em Abril, António Sousa Pereira, declarava à Lusa que construir mais quartos, rentabilizar de forma mais eficiente os quartos já existentes e arrendar a terceiros para disponibilizar a universitários eram algumas das hipóteses para combater a falta de alojamento na cidade.
“Temos que encontrar soluções, não no imediato, mas estamos a trabalhar essas soluções, que passarão por diferentes tipologias. Por um lado, construir mais quartos, rentabilizar de forma mais eficiente aqueles que já existem e enveredar por outras soluções, provavelmente recorrer ao aluguer de quartos a terceiros para disponibilizar aos estudantes”.