EDP avança com venda de activos e aposta nas renováveis
No arranque de uma semana decisiva para a eléctrica liderada por António Mexia, a EDP comunicou ao mercado que irá reforçar o investimento em renováveis e executar um plano de venda de activos.
A EDP indicou esta madrugada que o Conselho de Administração Executivo da eléctrica vai apresentar ao mercado na terça-feira um reforço do investimento em renováveis e um plano de alienação de activos, segundo comunicado à CMVM.
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A EDP indicou esta madrugada que o Conselho de Administração Executivo da eléctrica vai apresentar ao mercado na terça-feira um reforço do investimento em renováveis e um plano de alienação de activos, segundo comunicado à CMVM.
“Os órgãos sociais da EDP, Conselho de Administração Executivo (CAE) e Conselho Geral de Supervisão (CGS), reunirão no dia 11 de Março para discutir e deliberar sobre o conteúdo do ‘Strategic Update’ [actualização da estratégia] para o período 2019-2022, a ser apresentado ao mercado no dia 12 de Março, tal como anteriormente comunicado”, lê-se no documento publicado na Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM), perto do final do dia de domingo.
De acordo com o mesmo documento da EDP, “a proposta que o CAE submeterá ao CGS contempla, em termos genéricos, quer um reforço do investimento em renováveis quer um plano de alienação de activos”.
Os detalhes sobre o plano estratégico da empresa serão disponibilizados “na referida apresentação ao mercado”, avança a eléctrica nacional liderada por António Mexia.
O comunicado da EDP surge depois de notícias publicadas pela agência Reuters e pelo jornal online ECO com os títulos, respectivamente, “EDP prepara venda de activos de produção eléctrica em Portugal” e “EDP vai investir 7 mil milhões em renováveis”, segundo cita a própria empresa no documento enviado à CMVM.
Esta tomada de posição também acontece depois da pressão de um novo accionista da eléctrica, o fundo Elliot, do investidor especulativo Paul Singer, que enviou uma carta à gestão da EDP a fazer uma série de exigências, nomeadamente a venda de activos e a aposta em renováveis. Isto, num contexto em que ainda decorre a OPA dos chineses da CTG sobre a totalidade do capital da empresa liderada por António Mexia. E em vésperas de serem apresentados os resultados de 2018.