PS avisa Catarina Martins: “Não pode valer tudo” em campanha eleitoral
Ana Catarina Mendes, "número dois" da direcção do PS, critica a "comparação inaceitável” que Catarina Martins fez entre António Costa e Passos Coelho.
A secretária-geral adjunta do PS acusou este domingo a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, de fazer uma “comparação inaceitável” entre o primeiro-ministro, António Costa, e o antecessor, Pedro Passos Coelho, sobre o sistema financeiro.
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A secretária-geral adjunta do PS acusou este domingo a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, de fazer uma “comparação inaceitável” entre o primeiro-ministro, António Costa, e o antecessor, Pedro Passos Coelho, sobre o sistema financeiro.
Ana Catarina Mendes, “número dois” da direcção do PS, assumiu esta posição em declarações à agência Lusa, momentos antes de ser apresentada a lista de candidatos socialista ao Parlamento Europeu, em Marvila, Lisboa.
“Para o PS não é aceitável a comparação que Catarina Martins faz entre António Costa e Passos Coelho na gestão do sistema financeiro. Aliás, demonstra total falta de reconhecimento pelo empenho do PS e do actual Governo na resolução do sistema financeiro em Portugal”, afirmou a secretária-geral adjunta dos socialistas.
Ana Catarina Mendes referiu depois a “herança” deixada pelo anterior Governo nos casos do Banif, “que estava em estado explosivo e teve de ser resolvido em mês e meio”, assim como a resolução do Banco Espírito Santo (BES), que “criou um banco bom e um banco péssimo”, disse - aqui, numa alusão ao Novo Banco.
“A venda do Novo Banco foi feita nas condições que eram possíveis para o Estado Português. Por outro lado, se há hoje uma Caixa Geral de Depósitos robusta e a dar lucro, tal deve-se ao empenho do Governo no sentido de garantir que o banco público seja o banco de todos os portugueses, sem custos para os contribuintes”, completou.
Neste contexto, a secretária-geral adjunta do PS afirmou que “não é sério que Catarina Martins faça essa acusação e essa comparação entre António Costa e Passos Coelho”.
“Em períodos eleitorais não pode valer tudo. A seriedade é aquilo que mais respeitamos. Por isso, a credibilidade do Estado Português diz tanto lá fora”, diz Ana Catarina Mendes.