Governo português saúda “forma pacífica e ordeira” com que Guiné-Bissau foi a eleições
O Presidente guineense, José Mário Vaz, afirmou que o escrutínio estava a decorrer com normalidade, "sem mortes", "sem espancamento" e com liberdade de expressão.
O Governo português saudou este domingo a realização das eleições legislativas na Guiné-Bissau “e a forma pacífica e ordeira como decorreu” o acto eleitoral, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
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O Governo português saudou este domingo a realização das eleições legislativas na Guiné-Bissau “e a forma pacífica e ordeira como decorreu” o acto eleitoral, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
“Os eleitores da Guiné-Bissau transmitiram um sinal de esperança no futuro do seu país”, sublinha o MNE no documento.
O MNE afirma que aguarda “serenamente pelo apuramento dos resultados”, felicitando as autoridades da Guiné-Bissau pela organização das eleições “há muito aguardadas pela comunidade internacional”.
“Continuaremos a acompanhar de perto e a apoiar a Guiné-Bissau neste novo ciclo de esperança na sua vida política”, lê-se no comunicado oficial.
Mais de 761 mil eleitores guineenses foram este domingo chamados às urnas para eleger um novo parlamento entre os candidatos apresentados por 21 partidos políticos. As urnas abriram às 7h locais (mesma hora de Lisboa) e encerraram às 17h.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense deverá revelar os resultados oficiais provisórios na terça-feira. Segunda-feira haverá um primeiro balanço da votação, que este organismo considerou ter decorrido, de uma forma global, sem sobressaltos.
Este domingo, o Presidente guineense, José Mário Vaz, afirmou que o escrutínio estava a decorrer com normalidade, “sem mortes, sem espancamento, sem golpes de Estado, sem prisões arbitrárias, sem prisioneiros políticos, e com liberdade de expressão, de manifestação e imprensa”, classificando o país como um “campeão da liberdade”.
As eleições legislativas, que estiveram inicialmente marcadas para Novembro do ano passado, foram impostas pela comunidade internacional após uma longa crise política, criada após a demissão do primeiro-ministro em 2015, Domingos Simões Pereira, do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), que tinha maioria absoluta.
Entre os 21 partidos candidatos, três dizem esperar governar: o PAIGC, o Partido da Renovação Social (PRS) e o Movimento para a Alternância Democrática (Madem), este último criado a partir de uma dissidência dentro da maior formação partidária do país.