Doze manifestações do Dia da Mulher marcadas para hoje. Saiba onde

Protestos estão inseridos na greve internacional feminista, que assume quatro formas: uma greve laboral, outra estudantil, um boicote ao consumo e uma greve às tarefas domésticas que normalmente recaem sobre a mulher.

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ADRIANO MIRANDA

A Rede 8 de Março, plataforma que junta mais de 30 colectivos, de associações a partidos (como o Bloco de Esquerda e o Movimento Alternativa Socialista), convoca esta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, uma greve feminista com 12 concentrações de Norte a Sul do país.

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A Rede 8 de Março, plataforma que junta mais de 30 colectivos, de associações a partidos (como o Bloco de Esquerda e o Movimento Alternativa Socialista), convoca esta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, uma greve feminista com 12 concentrações de Norte a Sul do país.

  • Em Albufeira, a concentração será na Praça dos Pescadores, pelas 18h;
  • Em Amarante, no Largo S. Gonçalo, às 17h;
  • Em Aveiro, será na Praça Dr. Joaquim de Melo Freitas, também pelas 18h;
  • Em Braga, o colectivo vai estar na Avenida Central, às 18h;
  • Em Chaves, a concentração está marcada na Ponte Romana, às 19h;
  • Na Covilhã, a concentração será no jardim público, pelas 17h;
  • No Fundão, é na Praça do Município e, ao contrário das outras concentrações, começa às 10h15;
  • Em Lisboa, as mulheres (e homens) vão tomar a Praça do Comércio, às 17h30. Junta-se a esta manifestação o colectivo de Évora;
  • No Porto, o local de encontro é a Praça dos Poveiros, às 18h30;
  • Em São Miguel, nos Açores, a concentração será nas Portas da Cidade de Ponta Delgada, às 16h30;
  • Em Vila Real, o local de encontro é em frente ao Tribunal Judicial, às 17h30;
  • Em Viseu será no Jardim Tomás Ribeiro, no Rossio, às 17h;

No Dia da Mulher de 2018, vários milhões de mulheres e homens saíram à rua em vários pontos de Espanha para reivindicar a igualdade de género.

Este ano, em Portugal, os pedidos são os mesmos. No manifesto da Rede 8 de Março, critica-se a desigualdade salarial e a precariedade que afecta as mulheres no mundo laboral. No mesmo texto, insta-se as mulheres a fazerem greve laboral e estudantil (caso estudem), mas também greve aos cuidados – as tarefas domésticas que normalmente recaem sobre a mulher como limpar, cozinhar ou passar a ferro e que não são remuneradas – e greve ao consumo.

O objectivo desta greve com quatro eixos é mostrar que “se as mulheres param, o mundo pára”.

"Forte expectativa” para a greve

Em declarações à agência Lusa, Andrea Peniche, uma das responsáveis pela organização confessou haver uma “forte expectativa” em relação ao evento marcado para sexta-feira para que a “ruas se encham de pessoas, sobretudo de mulheres”.

De acordo com Andrea Peniche, e na perspectiva da Rede 8 de Março, “está criado o momento para que as pessoas percebam que é na rua que podem fazer uma demonstração de força da importância da agenda feminista”.

A esta greve social aderiram cinco sindicatos nacionais: SNESUP (Sindicato Nacional do Ensino Superior), STCC (Sindicato dos Trabalhadores de Cal Center), SIEAP (Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal), STSSSS (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social) e STOP (Sindicato de Todos os Professores).