Morreu o filho recém-nascido da “noiva do Daesh” no Reino Unido
O recém-nascido foi sepultado no campo de refugiados de Roj, no nordeste da Síria. A mãe, Shamina Begum, perdeu a nacionalidade britânica por se ter juntado ao Daesh.
O filho recém-nascido de Shamina Begum, a cidadã britânica que perdeu a nacionalidade por se ter juntado ao autoproclamado Estado Islâmico, morreu na quinta-feira, na Síria.
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O filho recém-nascido de Shamina Begum, a cidadã britânica que perdeu a nacionalidade por se ter juntado ao autoproclamado Estado Islâmico, morreu na quinta-feira, na Síria.
O bebé tinha menos de três semanas e o óbito foi confirmado esta sexta-feira pela BBC junto das Forças Democráticas Sírias, grupo que também revelou o relatório médico — o bebé Jarrah morreu de pneumonia. O corpo já foi sepultado no campo de refugiados de Roj, no nordeste da Síria, onde se encontra Shamina Begum.
Com apenas 15 anos, Shamina deixou o Reino Unido em 2015 com duas amigas que conheceu na escola. Nesse mesmo ano casou-se com um holandês, Yago Riedijk, de 27 anos, que também se tinha juntado ao Daesh.
Em meados de Fevereiro deste ano, agora com 19 anos, a jovem foi encontrada por um jornalista num campo de refugiados na Síria, grávida em fim de termo do filho que morreu esta quinta-feira — Shamina Begum e Yago Riedijk já tinham tido dois filhos que também morreram.
Shamina abandonou o grupo terrorista por ter deixado de estar de acordo com as suas acções. Durante a última gravidez, pediu para regressar ao Reino Unido, também para tentar garantir a sobrevivência do terceiro filho. Perante o pedido, que acabou negado, o ministro britânico do Interior, Sajid Javid, anunciou que Londres ia retirar a cidadania a Begum.
A família da jovem mulher pondera agora “todas as vias legais que possibilitem contestar a decisão” das autoridades britânicas, disse o advogado de Shamima, Tasnime Akunjee. No entanto, Javid já argumentou dizendo que tem o poder de “banir pessoas não britânicas e remover duplas nacionalidades perigosas”.