Verdes promovem Carta Aberta pela preservação das árvores em Lisboa

O partido mostra-se preocupado e descontente quanto à desvalorização dada ao património arbóreo da cidade.

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O Grupo Municipal de Lisboa do Partido Ecologista Os Verdes está a lançar uma Carta Aberta pela preservação das árvores na cidade como forma de “demonstrar a preocupação e descontentamento por parte do partido e dos cidadãos relativamente à forma como tem sido tratado o património arbóreo da cidade de Lisboa”, pode ler-se no comunicado enviado às redacções. 

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O Grupo Municipal de Lisboa do Partido Ecologista Os Verdes está a lançar uma Carta Aberta pela preservação das árvores na cidade como forma de “demonstrar a preocupação e descontentamento por parte do partido e dos cidadãos relativamente à forma como tem sido tratado o património arbóreo da cidade de Lisboa”, pode ler-se no comunicado enviado às redacções. 

O PEV diz reconhecer e valorizar as plantações que a autarquia está a promover. No entanto, “isso não pode servir de justificação para a não preservação das árvores que já existem e que fazem parte da cidade e da vivência de todos nós, através de abates indiscriminados, podas excessivas e o calcetamento de caldeiras”.

Cláudia Madeira, membro do partido, avança ao PÚBLICO que esta situação de excessivo abate de árvores se deve a “projectos que não contemplam o arvoredo já existente nos locais onde são construídas infra-estruturas”, como são exemplo a Avenida Fontes Pereira de Melo, Saldanha, Picoas, Santa Apolónia e até o bairro da Boavista. 

Ainda segundo o comunicado, o partido reitera que “estas situações em nada se coadunam com a sustentabilidade e com o respeito que as árvores merecem, principalmente sendo Lisboa a Capital Verde Europeia 2020”.

Os Verdes defendem ainda que “é fundamental que a Câmara Municipal de Lisboa invista na Escola de Jardinagem enquanto principal campo de formação de jardineiros para desempenho de funções na autarquia, e como forma de reverter as concessões a empresas privadas para a manutenção dos espaços verdes”.

Cláudia Madeira diz que apesar da Escola de Jardinagem estar em funcionamento, “a Câmara de Lisboa não abre concurso para que os jardineiros a que dá formação integrem os quadros do município”.

“As podas feitas fora de época são demonstrativas da falta de experiência na intervenção do arvoredo” e acrescenta ainda que “há um excesso de zelo”, pois “quanto mais intervenções forem feitas, mais lucro têm as empresas privadas”. 

Para esta Carta Aberta, que o Partido Ecologista pretende entregar ao executivo camarário a 21 de Março, Dia Mundial da Árvore, estão a ser recolhidas assinaturas online e em papel, estando também previstas acções de contacto com a população durante o mês de Março. No próximo dia 11 de Março, segunda-feira, pelas 16h, estarão na saída do metro da Alameda Dom Afonso Henriques.

Texto editado por Ana Fernandes