Encontrada uma nova fonte de terras-raras

Cientistas estão a desenvolver um método amigo do ambiente para extrair seis elementos de terras-raras de fosfogesso.

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Os seis elementos de terras-raras extraídos com o novo método USDA ARS

Uma equipa de cientistas dos EUA pode ter descoberto uma nova forma de obter terras-raras através de um método amigo do ambiente. Num artigo científico publicado na revista Journal of Chemical Thermodynamics, revela-se que esse método aproveitará o desperdício vindo da produção de ácido fosfórico na indústria de adubos, o fosfogesso.

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Uma equipa de cientistas dos EUA pode ter descoberto uma nova forma de obter terras-raras através de um método amigo do ambiente. Num artigo científico publicado na revista Journal of Chemical Thermodynamics, revela-se que esse método aproveitará o desperdício vindo da produção de ácido fosfórico na indústria de adubos, o fosfogesso.

Muitas vezes difíceis de extrair, as terras-raras são um grupo de 17 elementos químicos usados em smartphones, computadores, baterias de telemóveis ou turbinas eólicas. O mercado mundial de terras-raras é dominado pela China, que produz mais de 90% desses elementos.

Agora uma equipa de cientistas propõe então extrair do fosfogesso alguns desses elementos. “Estima-se que todos os anos 250 milhões de toneladas de rocha fosfática sejam extraídos para se produzir ácido fosfórico para adubos”, refere-se num comunicado da Universidade de Rutgers (EUA) sobre o trabalho. Acrescenta-se ainda quase 100 mil toneladas de terras-raras acabam no fosfogesso todos os anos.

Para já, os cientistas investigam uma forma de extrair seis elementos de terras-raras – ítrio, cério, neodímio, samário, európio e itérbio – de fosfogesso sintético (desenvolvido em laboratório). Para isso, estão a estudar minerais e ácidos orgânicos, incluindo uma mistura de bio-ácidos (que contém ácidos orgânicos produzidos durante o desenvolvimento da bactéria Gluconobacter oxydans na glucose). Durante as experiências, só o ácido sulfúrico obteve melhores resultados do que a mistura de bio-ácidos.

A equipa irá testar ainda esta mistura de bio-ácidos em fosfogesso industrial (que é mais complexo) e noutros desperdícios gerados durante a produção de ácido fosfórico.