EUA aprovam spray nasal para tratamento da depressão grave
Há 30 anos que não havia avanços farmacêuticos na luta contra a depressão.
As autoridades de saúde norte-americanas aprovaram o lançamento de um novo antidepressivo, apresentado como revolucionário no tratamento da depressão grave, e que será comercializado sob a forma de spray nasal. Na terça-feira, a agência reguladora do medicamento dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), deu luz verde à venda de escetamina, uma “prima química” da cetamina, há muito estudada para o tratamento da depressão.
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As autoridades de saúde norte-americanas aprovaram o lançamento de um novo antidepressivo, apresentado como revolucionário no tratamento da depressão grave, e que será comercializado sob a forma de spray nasal. Na terça-feira, a agência reguladora do medicamento dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), deu luz verde à venda de escetamina, uma “prima química” da cetamina, há muito estudada para o tratamento da depressão.
A aprovação segue-se a ensaios clínicos que incluíram pacientes com depressão resistente a tratamentos convencionais. O novo medicamento vai ser vendido nos Estados Unidos sob o nome de Spravato, produzido pelo laboratório Janssen, que agrupa as actividades farmacêuticas da Johnson & Johnson.
Segundo especialistas, o último grande desenvolvimento no tratamento da depressão foi há cerca de 30 anos, quando a fluoxetina, inicialmente comercializada com o nome Prozac, foi lançada no mercado. Desde então, não havia uma nova arma contra a depressão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, uma doença que limita severamente a capacidade de levar uma vida diária normal, mas cuja gravidade é muitas vezes subestimada ou confundida com um estado de tristeza temporário.
Em Portugal, a venda de ansiolíticos e antipsicóticos aumentou em 2017 depois de ter estado em queda nos dois anos anteriores. Dados do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) divulgados em 2018 indicam os portugueses compraram 10,6 milhões de embalagens deste primeiro tipo de antidepressivo.