Tusk alerta para influência de forças externas “antieuropeias”

"Existem forças externas antieuropeias que procuram – abertamente ou secretamente – influenciar as escolhas democráticas dos europeus", disse o presidente do Conselho Europeu.

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Donald Tusk OLIVIER HOSLET/EPA

O presidente do Conselho Europeu denunciou nesta terça-feira a existência de forças externas “antieuropeias” que pretendem influenciar o resultado das eleições de Maio, como já o fizeram na campanha do "Brexit" e em outras eleições nacionais.

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O presidente do Conselho Europeu denunciou nesta terça-feira a existência de forças externas “antieuropeias” que pretendem influenciar o resultado das eleições de Maio, como já o fizeram na campanha do "Brexit" e em outras eleições nacionais.

“Existem forças externas antieuropeias que procuram – abertamente ou secretamente – influenciar as escolhas democráticas dos europeus, como aconteceu com o ‘Brexit’ e com um determinado número de campanhas eleitorais na Europa. E o mesmo pode acontecer nas eleições europeias de Maio”, alertou Donald Tusk.

O presidente do Conselho Europeu, que falava em Bruxelas após receber o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, apelou à cooperação estreita de “todos aqueles que se preocupam com a Europa” durante e depois das eleições, que decorrem entre 23 e 26 de Maio.

Referiu-se ainda ao manifesto escrito pelo Presidente francês e publicado em jornais dos 28 Estados-membros na noite de segunda-feira, declarando que partilha a forma de pensar de Emmanuel Macron.

Sem nunca nomear a Rússia, o Presidente francês revelou-se preocupado com as ingerências externas nas democracias europeias e, nesse sentido, propôs “proibir o financiamento de partidos políticos europeus por poderes estrangeiros”.

“Não permitam que partidos políticos que são financiados por forças externas, hostis à Europa, decidam as prioridades da União Europeia e da nova liderança das instituições europeias”, instou Donald Tusk.

A preocupação quanto à ingerência de forças externas, nomeadamente da Rússia, nas próximas eleições europeias levou a Comissão Europeia a projectar um plano de acção, apresentado em Dezembro, contra a desinformação na Internet.