“Brexit”: SEF contrata 132 funcionários em plano de contingência
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras pode fazer despesa de 4,25 milhões de euros para aquisição de equipamentos de controlo automático de fronteira e de software.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vai recrutar 132 funcionários no âmbito do plano de contingência para a saída do Reino Unido da União Europeia, indica uma resolução publicada esta segunda-feira no Diário da República.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vai recrutar 132 funcionários no âmbito do plano de contingência para a saída do Reino Unido da União Europeia, indica uma resolução publicada esta segunda-feira no Diário da República.
Segundo a resolução, o SEF vai recrutar 116 assistentes técnicos mediante concurso externo e vai contratar oito especialistas de informática e outros oito técnicos de informática, ambos com o orçamento daquele serviço de segurança.
O diploma autoriza também o SEF a realizar uma despesa de 4,25 milhões de euros para aquisição de equipamentos de controlo automático de fronteira, bem como de software associado.
O SEF é ainda autorizado a gastar até 800 mil euros na aquisição e implementação de estações de recolha de dados biométricos, necessários à emissão de documentos de residência, e desenvolvimento de software associado.
De acordo com a resolução, o financiamento para a aquisição destes bens e serviços resulta de fundos europeus e do orçamento de receitas próprias do SEF.
A resolução, aprovada no Conselho de Ministros de 17 de Janeiro e hoje publicada no Diário da República, indica que a rejeição pelo parlamento britânico do acordo de saída do Reino Unido da UE “aumenta significativamente a probabilidade de uma eventual saída sem acordo, requerendo a adopção, por parte dos Estados-membros, de soluções temporárias e de rápida implementação ao nível político, económico, administrativo, legislativo e de comunicação”.
Neste contexto, o Governo português aprovou o plano de contingência para a saída do Reino Unido da UE para “mitigar a necessidade de procedimentos adicionais, designadamente os previstos no Código de Fronteiras Schengen, no controlo de entrada e saída dos cidadãos nacionais do Reino Unido do território nacional”.
A resolução sublinha que é necessário proceder à adaptação dos postos de fronteira aéreos, nomeadamente com a modernização dos equipamentos de controlo automático de fronteiras dos aeroportos com mais passageiros do Reino Unido, de forma a poder dar uma resposta adequada ao aumento do número de cidadãos sujeitos a controlo nos postos de fronteira dos aeroportos.
Ainda no âmbito das medidas previstas no Plano de Contingência para a Saída do Reino Unido da UE serão preparadas estruturas deslocalizadas do SEF nos locais com maior incidência de residentes britânicos, onde se prevê a implementação de estações de recolha de dados biométricos e a afectação de assistentes técnicos e informáticos do SEF, tendo em vista a regularização da sua situação documental, em consonância com as recomendações da Comissão Europeia no sentido de garantir a atribuição do direito de residência aos cidadãos nacionais do Reino Unido e seus familiares.