Associação de apoio ao recluso vai ter mais facilidade em entrar nas prisões
A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso vai assinar um protocolo coma Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais para que possa "agir, actuar e entrar em contacto com os reclusos". Há anos que APAR e DGRSP não tinham contacto.
A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR) e a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) vão assinar um protocolo para facilitar a entrada da APAR nas prisões e o contacto com os detidos, foi hoje anunciado.
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A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR) e a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) vão assinar um protocolo para facilitar a entrada da APAR nas prisões e o contacto com os detidos, foi hoje anunciado.
No final de uma reunião com o director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a presidente da APAR, Maria do Céu Cotrim, disse à agência Lusa que ficou decidido no encontro a celebração, "num "futuro muito próximo", de um protocolo com o objectivo de estabelecer relações de parceria e de entendimento com a DGRSP.
Este protocolo vai permitir que a APAR possa "agir, actuar e entrar em contacto com os reclusos", sustentou, dando conta que esta associação de apoio aos reclusos tem tido dificuldade em entrar nos estabelecimentos prisionais e comunicar com os presos.
Como exemplo, referiu que há reclusos que não recebem a correspondência da APAR e há um director de uma prisão que não considera esta associação legal.
Maria do Céu Cotrim referiu que esta reunião com o director-geral teve como objectivo fundamental restabelecer a relação, tendo em conta que a APAR há muitos anos não mantinha qualquer tipo de relacionamento com a DGRSP. "Foi um primeiro contacto e existiu muito abertura", frisou.
Durante a reunião, a APAR deu ainda conta ao director-geral da importância que a associação teve junto dos reclusos em "pacificar internamente as prisões" durante as sucessivas greves dos guardas prisionais.
Questionada sobre o clima actual dentro das prisões, a presidente da APAR disse que "não há notícia de que neste momento existam conflitos nos estabelecimentos prisionais".