O que muda com o passe único da Área Metropolitana de Lisboa?
O novo passe entra em vigor a a 1 de Abril, pode ser comprado a partir de 26 de Março e será válido por um mês – e não por 30 dias, como até agora. Esta é uma das alterações introduzidas com o passe único da Área Metropolitana de Lisboa.
A partir de 26 de Março já se pode comprar o novo passe da área metropolitana de Lisboa. O novo passe entra oficialmente em vigor em Abril, mês que vai servir como transição para a entrada em vigor da tarifa única nos 18 concelhos da área metropolitana de Lisboa. E com a chegada deste novo título há coisas que mudam e outras que se mantêm.
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A partir de 26 de Março já se pode comprar o novo passe da área metropolitana de Lisboa. O novo passe entra oficialmente em vigor em Abril, mês que vai servir como transição para a entrada em vigor da tarifa única nos 18 concelhos da área metropolitana de Lisboa. E com a chegada deste novo título há coisas que mudam e outras que se mantêm.
A informação pública sobre as mudanças é ainda escassa (as campanhas arrancam em meados de Março), mas o primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto de Carvalho, deu alguns detalhes em entrevistas ao PÚBLICO, à TSF, esta segunda-feira, e ao Diário de Notícias, no sábado.
O que muda:
- O novo passe Navegante vai ter o preço único de 30 euros, para circular nos transportes dentro de um município, e de 40 euros, para andar em todos os transportes da área metropolitana;
- Será criado um passe familiar, um agregador de todos os cartões da família. O preço limite para qualquer agregado familiar, independentemente do número de pessoas, ficará tabelado nos 60 euros para transportes dentro do mesmo município e 80 euros para toda a área metropolitana;
- O passe será valido de mês a mês e não por 30 dias, como até agora. O objectivo é fazer com que esta transição seja suave para os utentes que, quando carregarem o passe “carregam já o novo título”, explicou Carlos Humberto de Carvalho à TSF;
- O cartão Lisboa Viva passa a ser único – isto significa o fim dos passes locais. Quem ainda não tem o cartão Lisboa Viva deve apressar-se a pedi-lo, uma vez que “leva dez dias a ser criado e assim não podem comprar o passe no dia 1 porque só têm o cartão no dia 10. Para quem já tem cartão é automático”.
- Este novo passe significa o fim de cerca de 700 modalidades de passes sociais das 770 em funcionamento actualmente. Mantêm-se os passes cujo preço seja abaixo dos 30 euros ou que custem entre 30 e 40 euros. “A tendência é não fazer aumentos e estamos a ver esses passes um a um”;
- Cria-se um novo passe para as crianças até 12 anos inclusive, que é gratuito;
O que se mantém:
- Mantêm-se as 70 modalidades de passes sociais que custam menos de 40 euros e são os mais vantajosos para os utilizadores;
- O passe 4-18 e sub-23, para estudantes, também são para continuar nos mesmos moldes;
- Não se mexe nos meios de carregamento: podem carregar-se os passes nos balcões dos operadores, máquinas automáticas e multibanco.
- A assembleia municipal de Arruda dos Vinhos aprovou, em Dezembro, duas moções que pediam que os habitantes do concelho fossem abrangidos no novo passe. Mas “para já” a medida não vai avançar, disse Carlos Humberto de Carvalho ao PÚBLICO.
Em dúvida:
- Abril vai ser o mês de transição. Os novos passes comprados em Março podem, em teoria, terminar a meio de Abril. De acordo com Carlos Humberto de Carvalho, ainda está a ser apontada uma solução, mas pode passar pela compra de bilhetes diários para os dias de transição;
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Passes para maiores de 65 anos mantêm-se? "É um dos aspectos a ponderar mas que ainda não estamos em condições de tornar público”, disse Carlos Humberto de Carvalho ao PÚBLICO.
- Será que a oferta dará resposta à procura? Até agora ainda não foi anunciado nenhum reforço nas carreiras. “Temos consciência de que esse será um dos principais problemas. Pensamos que fora das horas de ponta o sistema pode absorver até mais de 10% [de passageiros] e estamos a tomar medidas para aumentar a capacidade de um ou outro transporte. Estamos a fazer previsões, vamos constituir uma task force para seguir o assunto e haverá medidas pontuais para responder à procura”, explicou Carlos Humberto, desta vez ao Diário de Notícias;
- O aumento de corredores bus. Neste momento já existem zonas exclusivas para transportes públicos em algumas zonas da cidade – nomeadamente nas avenidas Infante Dom Henrique e do Brasil – mas está em cima da mesa a eventual criação de corredores bus na Auto-estrada do Sul e A5. “Consideramos que há um tipo de infra-estrutura importante, que são os canais para transporte rodoviário e metro ligeiro. Acho que vão avançar”;
- Como vai funcionar ao certo o passe família? Carlos Humberto admite que esta é uma das questões mais desafiantes do ponto de vista técnico. “Há muitas coisas que é preciso ter em conta e precisamos da cooperação de várias entidades do Estado central se não as pessoas têm de andar com vários papéis atrás. O passe família é o que é tecnologicamente mais difícil.
Notícia actualizada às 15h28 com mais informação sobre passes para idosos e Arruda dos Vinhos.