Adirley Queirós, Pixote e Gabriel Mascaro no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira

A 22.ª edição do festival decorre de 7 a 14 de Abril, e abre com Divino Amor, a nova longa-metragem de Gabriel Mascaro.

Foto
Divino Amor, de Gabriel Mascaro DR

É com Divino Amor, a nova longa-metragem de Gabriel Boi Néon Mascaro, que o 22.º Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira abre as portas. Vai ser a 7 de Abril que o Auditório da Biblioteca Municipal começa a receber a edição 2019 do certame, prolongando-se até 14 de Abril.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

É com Divino Amor, a nova longa-metragem de Gabriel Boi Néon Mascaro, que o 22.º Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira abre as portas. Vai ser a 7 de Abril que o Auditório da Biblioteca Municipal começa a receber a edição 2019 do certame, prolongando-se até 14 de Abril.

Este ano, o festival debruça-se sobre uma das figuras centrais do actual cinema brasileiro, Adirley Queirós, mas recordando também o italo-americano Andrea Tonacci, figura ligada ao cinema marginal dos anos 1970, e o argentino Hector Babenco, cujo Pixote, grande sucesso de crítica e bilheteira dos anos 1980, será exibido em cópia restaurada.

Divino Amor, que teve a sua estreia em Sundance e passou pela Berlinale, e se passa num Brasil distópico futuro, é não apenas o filme de abertura do festival como também o primeiro de três títulos anunciados para a competição, a par de Alis Ubbo, documentário de Paulo Abreu que teve estreia no Doclisboa, e Ferrugem, segunda ficção de Aly Muritiba, olhar sobre o bullying com fotografia do português Rui Poças. O festival encerrará com Azougue Nazaré, de Tiago Melo, vencedor do prémio Bright Future em Roterdão 2018 e que já passou pelo Queer Lisboa.

De Adirley Queirós, cineasta já bem conhecido do nosso país que tem trabalhado sobre as questões da identidade cultural e da oposição cidade/subúrbio, exibir-se-ão as suas três longas-metragens: A Cidade É uma Só? (2011), Branco Sai Preto Fica (2014) e Era uma Vez Brasília (2017). De Andrea Tonacci, falecido em 2016, mostrar-se-á a cópia restaurada da sua primeira longa, Bang Bang (1970), filme central no movimento do cinema marginal que revelou Júlio Bressane ou Rogério Sganzerla, e que nunca teve estreia comercial no seu Brasil natal. Já Pixote – A Lei do Mais Fraco, retrato cru da vida nas ruas de São Paulo e premiado em Locarno em 1981, foi o filme que lançou Babenco, igualmente falecido em 2016, para uma carreira internacional que deu o Óscar em 1984 a William Hurt por O Beijo da Mulher Aranha. A cópia de Pixote a ser exibida foi restaurada pela Film Foundation de Martin Scorsese.

O festival receberá ainda o português Rodrigo Areias, cuja carreira será passada em debate, a jovem cineasta portuguesa Tânia Dinis e uma exposição de cartazes da designer brasileira Clara Moreira.