Kim queria o fim das sanções à Coreia do Norte e a cimeira com Trump acabou sem acordo
No segundo encontro entre Kim e Trump, Washington almejou a desnuclearização, mas Pyongyang disse que em troca teriam de ser retiradas todas as sanções ao país. Sem que se chegasse a qualquer acordo, Trump diz que o objectivo é continuar a dialogar no futuro.
No segundo encontro entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte, falou-se de desnuclearização, de sanções e de um diálogo contínuo (ainda que não tivesse ficado marcado nenhum encontro futuro) – mas a cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou abruptamente nesta quinta-feira, em Hanói, sem que fosse alcançado "qualquer acordo", avançou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
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No segundo encontro entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte, falou-se de desnuclearização, de sanções e de um diálogo contínuo (ainda que não tivesse ficado marcado nenhum encontro futuro) – mas a cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou abruptamente nesta quinta-feira, em Hanói, sem que fosse alcançado "qualquer acordo", avançou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Segundo Donald Trump, o líder norte-coreano disse estar disposto a desactivar o reactor nuclear de Yongbyon, a maior central nuclear do país, mas pedia em troca a suspensão de “todas as sanções” aplicadas à Coreia do Norte – coisa que os Estados Unidos não estão dispostos a fazer.
“Ele [Kim Jong-un] tem uma certa visão que não é exactamente a nossa visão, mas está muito mais próxima do que estava há um ano e penso que eventualmente conseguiremos. Nesta visita, em particular, decidimos que tínhamos de caminhar”, disse Trump já depois da cimeira, numa conferência de imprensa nesta quinta-feira, às 7h de Lisboa.
“Uma das coisas que [Kim Jong-un] me prometeu na noite passada é que não fará testes [nucleares]”, acrescentou – ainda que as áreas norte-coreanas propostas por Kim para serem desnuclearizadas não sejam aquelas que os EUA “queriam”. “Quero manter esta relação, veremos o que acontece nos próximos tempos”, concluiu Trump. “Ele não fará testes nucleares ou de mísseis”, asseverou Trump. “Eu confio nele e acredito na sua palavra.”
No início das negociações, os dois líderes admitiram a abertura de gabinetes de ligação nos dois países, enquanto Kim afirmou estar disposto à desnuclearização; Trump disse desejar um bom acordo (e um acordo bem feito), mas garante não ter pressa.
Tanto que a cimeira acabou mais cedo do que o previsto, de uma forma quase abrupta: a assessora de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, explicou que a segunda cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un foi encurtada e o almoço previsto entre os dois líderes não se realizou. Sanders acrescentou que "não foi concluído um acordo, mas as duas delegações vão continuar a dialogar no futuro".
Depois do aperto de mão do segundo encontro entre os dois líderes na quarta-feira, na capital vietnamita, Trump desdobrou-se em elogios a Kim, chamando-o de “grande líder” e ressalvando o “tremendo potencial económico” ao dispor da Coreia do Norte. Kim, por sua vez, saudou a “decisão corajosa” de Trump ao aceitar encontrar-se com ele – sendo o primeiro Presidente norte-americano a tê-lo feito.
O líder norte-coreano disse estar disposto a desactivar o reactor nuclear de Yongbyon, a maior central nuclear do país, mas pedia em troca a suspensão de “todas as sanções” aplicadas à Coreia do Norte – Trump disse que não estava disposto a isso. com Lusa