A Uber invadiu Lisboa com 750 bicicletas eléctricas e vermelhas. A 15 cêntimos por minuto
São mais 750 bicicletas nas estradas de Lisboa. As Jump, serviço de bicicletas eléctricas partilhadas da Uber, já circulam na capital. Nos primeiros dez dias há 20 minutos grátis para duas viagens. Depois disso, o custo é de 15 cêntimos por minuto.
Lisboa anda mesmo nas bocas do mundo. Prova disso é a mais recente aposta da Uber na capital portuguesa. A partir desta quinta-feira, há um novo serviço de bicicletas eléctricas partilhadas nas ruas da cidade com o cunho da gigante norte-americana. Por agora, são 750 bicicletas a rodar por Lisboa, anunciou Ryan Rzepecki, CEO da Jump — empresa comprada pela Uber que assegura o serviço — no evento de apresentação da marca.
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Lisboa anda mesmo nas bocas do mundo. Prova disso é a mais recente aposta da Uber na capital portuguesa. A partir desta quinta-feira, há um novo serviço de bicicletas eléctricas partilhadas nas ruas da cidade com o cunho da gigante norte-americana. Por agora, são 750 bicicletas a rodar por Lisboa, anunciou Ryan Rzepecki, CEO da Jump — empresa comprada pela Uber que assegura o serviço — no evento de apresentação da marca.
As novas bicicletas eléctricas da cidade permitem pedalar até uma velocidade máxima de 25km/h e vêm equipadas com um cadeado que permite estacionar os velocípedes nos pontos designados para o efeito. O custo de utilização é de 15 cêntimos por minuto e, nos primeiros dez dias, a Uber oferece até duas viagens grátis com uma duração de 20 minutos. A rede Jump, apesar de só agora ter iniciado a sua actividade, já cobre 90% do município e está disponível 24 horas por dia.
A circulação, por agora, só deve fazer-se em Lisboa. Se os utilizadores saírem do raio de cobertura previsto, receberão uma notificação através da aplicação e, em breve, haverá consequências directas para quem não cumpra o estipulado. O mesmo se aplica a quem não estacionar de forma correcta dentro da cidade. Será enviada uma notificação a alertar para o incumprimento e a situação será resolvida por uma equipa que faz a monitorização e a reposição das bicicletas.
No salão nobre de um hotel na zona ribeira de Lisboa, os frisos de talha dourada no tecto e a imponência do espaço serviram de palco ideal ao cruzamento entre o tradicional e a modernidade que caracterizam a urbe. Lisboa foi a primeira cidade que o responsável da Jump visitou na Europa, em 2001. Nessa altura, ainda Lisboa estava longe de ser “um ecossistema de soluções de mobilidade”, como se referiu Miguel Gaspar, vereador da Mobilidade e Segurança do município, ao actual estado da cidade.
Para Ryan, Lisboa foi uma escolha óbvia. “A cidade é ideal. É uma referência na inovação e tecnologia”, disse. Mais do que tudo, a equipa da Jump e da Uber encontraram na capital portuguesa “um ponto de entrada para a Europa”. As bicicletas, que já estão visíveis na aplicação da Uber, são totalmente eléctricas e, ao contrário das Giras, a rede de bicicletas da autarquia que possuem docas próprias, poderão ser estacionadas em zonas com lugares próprios para velocípedes.
Miguel Gaspar resumiu o sentimento que se vivia na sala a uma frase. “É mais um dia feliz na mobilidade de Lisboa”, afirmou. O vereador, quando questionado sobre as soluções de estacionamento para as novas bicicletas vermelhas, referiu-se aos cerca de três mil lugares de parqueamento para velocípedes já existentes na cidade como sendo o sítio estipulado para as depositar. Para breve, ficou a promessa de “aumentar a oferta de estacionamento” com a construção de mais quatro mil lugares em Lisboa.
Para usar, basta entrar na aplicação da Uber e escolher a opção “Pedalar”. De seguida, escolhe-se a bicicleta mais próxima e introduz-se um código que desbloqueia o cadeado. Para terminar viagem, basta deslocar-se a um local que tenha uma infra-estrutura para o estacionamento de velocípedes e colocar o cadeado.
O mesmo não se aplica às ‘Zonas Vermelhas’, partes da cidade que, devido à sua orografia, não permitem terminar viagem nessas zonas. Por cá, o Castelo e Bairro Alto foram as zonas proibidas para o estacionamento. A autonomia que varia entre os 50 e os 60 quilómetros permite que as equipas de manutenção e reposição não tenham de sair à rua todos os dias.
Para o vereador, “existe um novo meio de transporte na cidade, que é o telemóvel”. Com ele, está-se ligado ao mundo e aos “novos modos de mobilidade”. Além da aposta na criação de soluções de mobilidade, a câmara dirige a sua aposta para a renovação da frota de transportes públicos e para a redução dos preços das viagens. “Se não se trouxer estas componentes aos transportes públicos, eles não serão de facto públicos”, sublinhou o vereador.
Actualmente, de acordo com números do gabinete da Segurança e Mobilidade do município, registam-se cerca de 20 mil viagens através de modos partilhados de mobilidade. A cidade transformou-se num ecossistema de soluções de mobilidade. “Lisboa é ciclável”, frisou Miguel Gaspar. No final da apresentação, como prova disso, o CEO da Jump fez-se à estrada numa das 750 bicicletas disponíveis em Lisboa, e desapareceu entre a multidão.