Por entre suspeitas internacionais, Espanha também confia à Huawei as redes 5G

Empresa chinesa é a principal fornecedora da rede 5G, tal como será em Portugal.

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Pedro Sanchéz e Felipe VI estiveram no Mobile World Congress EPA/Fernando Calvo

Tal como Portugal, Espanha também desvaloriza as desconfianças da União Europeia e dos Estados Unidos sobre a chinesa Huawei, uma empresa mais conhecida pelos telemóveis, mas que também fabrica equipamentos de telecomunicações.

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Tal como Portugal, Espanha também desvaloriza as desconfianças da União Europeia e dos Estados Unidos sobre a chinesa Huawei, uma empresa mais conhecida pelos telemóveis, mas que também fabrica equipamentos de telecomunicações.

Na visita do primeiro-ministro Pedro Sanchéz e do rei Felipe VI ao Mobile World Congress, a grande feira do sector móvel que decorre anualmente em Barcelona, ambos se remeteram ao silêncio quando questionados sobre o acordo da Huawei e da ZTE (outra fabricante chinesa) com o Instituto Nacional de Cibersegurança espanhol.

A Huawei tem vindo a ser acusada pelos EUA de espionagem, usando os equipamentos que comercializa noutros países para transmitir informações confidenciais ao Governo chinês.

Tal como em Portugal, a Huawei será em Espanha o principal provedor de rede 5G (Internet móvel a uma velocidade superior a dez gigas por segundo). Em Espanha, segundo o jornal El Mundo, conta já com mais de 30 antenas de 5G, que gere em conjunto com as operadoras de comunicação móvel, que têm total liberdade para decidir se contam com o suporte da Huawei. O acordo conta ainda com subvenções públicas a rondar os 128 milhões de euros.

Os Estados Unidos têm vindo a criticar o trabalho da Huawei e da ZTE, tendo proibido, em Agosto de 2018, aos funcionários da administração governamental e pública a utilização de aparelhos das fabricantes chinesas.

A União Europeia também já expressou preocupação com os termos da lei chinesa que indicam que as empresas tecnológicas da China são forçadas a fornecer informações aos serviços secretos do país.

Em Novembro, a Austrália e a Nova Zelândia decidiram bloquear a participação da empresa chinesa no projecto de criação de redes 5G nos seus territórios.

No entanto, a Huawei continua a defender-se com o argumento de que concebe tecnologia segura e de que é uma empresa privada sem participação estatal.