Túnel do Mercado do Bolhão no Porto adjudicado por 4,4 milhões
Depois de adjudicada, a obra tem um prazo de execução de 365 dias, sendo que a gestão da mesma ficará entregue à empresa municipal de Gestão e Obras Públicas do Porto.
A empreitada do túnel de acesso à cave do Mercado do Bolhão, no Porto, foi adjudicada à empresa Teixeira Duarte por um valor próximo dos 4,4 milhões de euros, anunciou a autarquia nesta terça-feira.
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A empreitada do túnel de acesso à cave do Mercado do Bolhão, no Porto, foi adjudicada à empresa Teixeira Duarte por um valor próximo dos 4,4 milhões de euros, anunciou a autarquia nesta terça-feira.
"A empreitada do 'Túnel Urbano que liga a Rua do Ateneu Comercial do Porto à Rua Alexandre Braga - 2' foi adjudicada à Teixeira Duarte - Engenharia e Construções, SA, por um valor próximo dos 4,4 milhões de euros", lê-se numa nota publicada na página oficial da autarquia.
Segundo o município, a obra visa a construção de um túnel que será aproveitado para acesso à cave logística do futuro Mercado do Bolhão, no seguimento das obras de restauro e modernização do centenário equipamento, iniciadas a 15 de Maio.
Os trabalhos, sublinha a câmara, "irão contribuir para a retirada de tráfego na Rua do Ateneu Comercial do Porto e Rua de Alexandre Braga" e "facilitar as cargas e descargas inerentes à actividade comercial na zona envolvente ao Mercado".
"A ligação à cave logística será feita pelo início da Rua do Ateneu Comercial, através de dois edifícios devolutos que a Câmara já adquiriu, até à Rua de Alexandre Braga", afirma a autarquia.
Uma vez adjudicada, a obra tem um prazo de execução de 365 dias, sendo que a gestão da mesma ficará da empresa municipal de Gestão e Obras Públicas do Porto, GO Porto. A câmara lembra ainda que o processo de concurso público será depois enviado ao Tribunal de Contas para emissão de visto, num prazo expectável de 30 a 45 dias.
Este foi o segundo concurso público lançado para a construção do túnel de acesso à cave do Mercado do Bolhão. O primeiro foi publicado a 13 de Agosto e fixava em 3,55 milhões de euros o "valor do preço base do procedimento", menos cerca de 1,3 milhões de euros do que apresentado no novo concurso lançado a 27 de Novembro que fixava o preço base em 4,89 milhões de euros.
De acordo com uma proposta aprovada por unanimidade pela Câmara do Porto a 22 de Setembro de 2015, a que a Lusa teve acesso na ocasião, previa-se que o túnel tivesse "quatro metros de altura e duas vias de circulação com quatro metros de largura em cada sentido", para acesso de cargas e descargas à cave do futuro Mercado do Bolhão.
Segundo a Memória Descritiva anexa à proposta aprovada em Setembro de 2015 pela autarquia, na cave do Mercado do Bolhão "ficarão localizadas, além das áreas de armazenagem do mercado, diversas instalações técnicas".
"Atendendo aos requisitos de exploração do Mercado do Bolhão, o acesso deverá comportar duas vias independentes com 3,50 metros de largura livre e quatro de altura. Para garantir a sobrelargura necessária em curva e alguma folga em altura [?] ficou estabelecido com quatro metros de largura e 4,10 metros de altura, para cada via", acrescenta o documento.
A 15 de Maio desse ano, a Câmara divulgou na sua página da Internet que a obra de restauro do edifício do Mercado foi naquele dia adjudicada e que as "primeiras máquinas" já tinham entrado no edifício centenário, prevendo-se que a reabilitação fique pronta dentro de "dois anos".
O actual projecto de recuperação do Bolhão, classificado como Monumento de Interesse Público em 2013, é a quarta iniciativa da Câmara do Porto para requalificar o espaço centenário ao longo dos últimos 30 anos.
Anunciado a 22 de Abril de 2015, durante o primeiro mandato do independente Rui Moreira na Câmara do Porto, o actual restauro do Mercado do Bolhão foi adjudicado em Novembro, mas foi preciso esperar por Março para obter o último visto do Tribunal de Contas.
A primeira parte da modernização, orçada em 800 mil euros, arrancou em Agosto de 2016, com o desvio de infra-estruturas e de uma linha de água para as ruas Sá da Bandeira e Fernandes Tomás.