Helena Bonham Carter apela às mulheres para marcharem contra o assédio sexual
A manifestação #March4Women terá lugar no próximo domingo, no centro de Londres.
Helena Bonham Carter pede às mulheres de todo o mundo que se unam no combate ao assédio sexual. A actriz junta-se assim a um grupo de celebridades e activistas do Reino Unido que se uniram para lutar contra o abuso e o assédio no local de trabalho.
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Helena Bonham Carter pede às mulheres de todo o mundo que se unam no combate ao assédio sexual. A actriz junta-se assim a um grupo de celebridades e activistas do Reino Unido que se uniram para lutar contra o abuso e o assédio no local de trabalho.
A actriz de 52 anos, conhecida por filmes como Harry Potter e Os Miseráveis, declarou nesta terça-feira que vai participar na manifestação anual #March4Women, realizada no próximo domingo, no centro de Londres. Este ano, o protesto celebra 100 anos desde a aprovação de uma lei que levantou sanções que impediam as mulheres de praticar certas profissões.
Helena Bonham Carter vai partilhar testemunhos de mulheres de todo o mundo que trabalham em condições que as deixam vulneráveis ao abuso e à exploração. “O assédio sexual não está nas funções de trabalho de ninguém”, defende a actriz num comunicado divulgado pela organização Care International. “É muito importante mostrar solidariedade para com as mulheres e meninas de todo o mundo, não apenas as do Reino Unido.”
Em 2015, os estados-membros da ONU acordaram um conjunto de 17 metas globais para 2030, que incluíam todas as formas de discriminação contra as mulheres. A organização UN Women afirmou que cerca de 154 países têm leis contra o assédio sexual, mas isso não significa que estarão sempre em concordância com as recomendações internacionais.
Além de Helena Bonham Carter, há outras mulheres que fazem parte do #March4Women. Gina Martin, que liderou o movimento para banir o “upskirting” – o acto de secretamente tirar fotos à roupa interior feminina, em público –; e Leyla Hussein, que lutou contra a mutilação genital feminina, são alguns dos nomes. Leyla Hussein afirmou que apesar do movimento #MeToo as vozes das “mulheres negras continuam a não ser ouvidas” e ainda há muitas batalhas por travar contra a violência sexual.