Câmara da Régua preocupada com atraso nas obras da Linha do Douro
A Infra-estruturas de Portugal (IP) tinha anunciado que a conclusão das obras no troço entre Caíde e Marco de Canaveses foi adiada para o fim do mês de Março.
O presidente da Câmara da Régua disse esta segunda-feira estar preocupado com o atraso de um mês nas obras na Linha do Douro e que espera que a circulação ferroviária fique restabelecida pelo menos até 1 de Abril.
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O presidente da Câmara da Régua disse esta segunda-feira estar preocupado com o atraso de um mês nas obras na Linha do Douro e que espera que a circulação ferroviária fique restabelecida pelo menos até 1 de Abril.
O troço da Linha do Douro entre Caíde e Marco de Canaveses fechou para obras de modernização a 26 de Novembro, por um período previsto de três meses.
No entanto, a Infra-estruturas de Portugal (IP) informou, na semana passada, que o encerramento à circulação ferroviária "será prolongado até final do mês de Março" devido a "dificuldades técnicas".
"Lamento, espero que esse seja o limite máximo de atraso e que nós no dia 1 de Abril tenhamos a linha em funcionamento, a ligação restabelecia e que, todos os horários que estavam antes, sejam de imediato restabelecidos", afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Peso da Régua, José Manuel Gonçalves.
O autarca adiantou ainda ter sido convocado para uma reunião no dia 8 de Março, em Marco de Canaveses, onde espera ouvir "boas notícias".
"Esperamos nos digam que vai haver este restabelecimento da circulação mesmo que a electrificação até ao Marco demore mais uns dias. Admitimos que isso possa acontecer, mas o que que tem que existir é o restabelecimento imediato da linha", frisou.
Com o encerramento daquele troço da Linha do Douro, a CP garantiu transbordo rodoviário entre Caíde e Marco de Canaveses e depois ligação de comboio para Peso da Régua e Pocinho, verificando-se, em consequência, a supressão de alguns horários.
O autarca lembrou os muitos constrangimentos que o fecho da linha provocou nos utentes, muitos dos quais tiveram que fazer ajustamentos na sua vida diária ou encontrar alternativas de transporte para cumprir os horários de trabalho.
A obra era, para José Manuel Gonçalves, "uma necessidade efectiva", no entanto, espera que "ela agora não se prolongue no tempo".
A IP explicou que condições geotécnicas existentes, nomeadamente no interior Túnel de Caíde, prejudicaram o "ritmo de execução dos trabalhos inicialmente previsto", uma situação "que apenas foi susceptível de identificar com o desenvolvimento da obra".
A IP acrescentou ainda que, "após a reabertura à circulação, e durante um período de cerca de um mês, decorrerão os testes relativos à electrificação".
Estes testes são realizados sem afectar a circulação ferroviária em modo diesel.
De acordo com a IP, a circulação dos comboios com tracção eléctrica apenas será possível após a conclusão dos ensaios e certificação da catenária.
As obras em curso, no valor de 10 milhões de euros, estão a dotar aquele troço com 14,4 quilómetros da Linha do Douro de condições de circulação para comboios com tracção eléctrica, nomeadamente os suburbanos do Porto, que assim passarão a ter condições de seguir até Marco de Canaveses.