Centro de treino militar da UE no Mali alvo de ataque
Ataque a centro de treino militar em Koulikoro mata quatro militares malianos e atinge um número "indeterminado" de civis. Portugueses saíram ilesos.
O centro de treino militar da União Europeia em Koulikoro, no Mali, foi esta madrugada alvo de um ataque terrorista, sem ferir qualquer dos quatro militares portugueses que ali se encontram em missão, informaram hoje as Forças Armadas.
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O centro de treino militar da União Europeia em Koulikoro, no Mali, foi esta madrugada alvo de um ataque terrorista, sem ferir qualquer dos quatro militares portugueses que ali se encontram em missão, informaram hoje as Forças Armadas.
"Os militares portugueses estão todos bem, havendo a registar até ao momento quatro baixas do lado do exército maliano e um número ainda indeterminado de civis atingidos", lê-se no comunicado do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) divulgado este domingo.
O documento especifica que se encontram no centro de treino da União Europeia (UE) alvo do ataque terrorista desta madrugada dois militares do Exército, um da Marinha e um da Força Aérea, todos integrados na missão de treino da UE.
"O ataque com recurso a engenhos explosivos improvisados teve lugar nas proximidades do acesso ao campo. Após troca de tiros contra os atacantes, a situação foi controlada pelos militares ao serviço da União Europeia da Força de Reacção Rápida de Espanha e da República Checa", descreve o EGMFA.
O EMGFA recorda que Portugal tem actualmente 12 militares no Mali, dos três ramos das Forças Armadas, que em conjunto com outros países da União Europeia treinam as Forças Armadas do Mali "no sentido de apoiar as autoridades deste país e tornar as suas Forças Armadas auto-sustentáveis e capazes garantir a segurança e a defesa do território".
"A actividade terrorista de grupos associados ao DAESH e à Al-Qaeda do Magrebe Islâmico, continua a afectar a estabilidade do país, e a crise humanitária aumenta o risco das organizações terroristas se infiltrarem e desestabilizarem o Mali", refere ainda o EMGFA.