Autocarro dos deputados venezuelanos que seguiam para a fronteira atingido com pedras

Caravana de deputados da oposição dirige-se à fronteira com a Colômbia, para fazer entrar na Venezuela as toneladas de medicamentos e comida enviadas pelos EUA e Brasil.

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Imagem partilhada no Twitter DR

Um autocarro em que viajam deputados da oposição venezuelana em direcção à fronteira com a Colômbia foi atacado nesta sexta-feira com pedras, segundo a deputada Mariela Magallanes.

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Um autocarro em que viajam deputados da oposição venezuelana em direcção à fronteira com a Colômbia foi atacado nesta sexta-feira com pedras, segundo a deputada Mariela Magallanes.

Num vídeo partilhado no Twitter, a deputada mostra o interior do autocarro, onde se vê o vidro do lado do condutor partido e uma pedra no chão. E há fotografias em que se vê sangue e um buraco no vidro da frente.

"A caravana de deputados que segue em direcção à cidade de San Cristóbal Táchira foi atacada com dois objectos contundentes nas proximidades de Guanare, no estado Portuguesa. Um deles feriu com gravidade o motorista", lê-se num tweet da Assembleia Nacional venezuelana.

Também no Twitter, a deputada Mariela Magallanes avançou mais pormenores: "Às 3h55 de hoje, 22 de Fevereiro, perto de Araure, os dois motoristas do autocarro principal da caravana humanitária foram levados para um centro de saúde. O responsável pelo transporte considera que é um atentado."

A caravana de deputados da oposição segue em direcção à fronteira com a Colômbia, onde estão armazenadas toneladas de comida e medicamentos enviados pelos EUA e pelo Brasil.

Juan Guaidó, líder da oposição e Presidente interino reconhecido por mais de 50 países, quer fazer entrar esses mantimentos na Venezuela, no sábado, e distribuí-los pela população venezuelana. Guaidó anunciou na quinta-feira estar a caminho da fronteira.

O Presidente Nicolás Maduro deu ordens para encerrar a fronteira com o Brasil e admitiu fazer o mesmo com a fronteira colombiana, para impedir a entrada dos alimentos e medicamentos – Maduro diz que se trata de uma manobra de propaganda e que não existe uma crise humanitária no país.