Com a Flausinas de Inês Risques há metades de vestidos para combinar
A empresária vai lançar uma nova colecção e vendê-la em lojas de vários pontos do país.
Inês Risques, 36 anos, teve a ideia de criar um vestido que não é uma peça única, mas duas. Ou seja, o cliente pode escolher uma parte da frente e outra detrás, permitindo fazer muitas variações e versões. A marca chama-se Flausinas, foi criada em 2017 e, por estes dias, lança uma nova colecção online.
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Inês Risques, 36 anos, teve a ideia de criar um vestido que não é uma peça única, mas duas. Ou seja, o cliente pode escolher uma parte da frente e outra detrás, permitindo fazer muitas variações e versões. A marca chama-se Flausinas, foi criada em 2017 e, por estes dias, lança uma nova colecção online.
A criadora confessa que não é designer. Vem da área financeira, chegou a trabalhar como analista quantitativa e a gerir carteiras de investimentos no estrangeiro. Tirou um MBA, na África do Sul, e especializou-se em estratégias e marcas de luxo. Contudo, sempre gostou de moda. “Sempre fui muito criativa, adoro pintar e criar coisas diferentes”, conta.
Uma das coisas de que gostava era de personalizar peças de roupa para andar vestida de maneira diferente. Um dia, pensou: “E se fizer um vestido com sistema de fecho que permita não fechar para sempre a peça de roupa que estou a vestir?” Pediu ajuda à avó, que fez um protótipo com fechos. “Queria personalizar e escolher partes diferentes para vestir”, explica. E assim nasceu a Flausinas. As partes dos vestidos são feitas de maneira artesanal e os padrões criados intencionalmente para o efeito.
No primeiro Verão, Inês Risques lançou 12 metades de vestidos com padrões diferentes. Era um modelo de manga curta com decote em balão, linhas direitas e acima do joelho. No início vendia online, mas depois passou a vender num espaço na Baixa de Lisboa que entretanto fechou para obras. “Um mês depois de abrir a loja, já tinha vendido tudo, cada vestido a 98 euros e cada metade a 49”, lembra. Os preços mantêm-se.
No segundo Verão, a criadora repetiu o mesmo vestido e apresentou um novo, mais comprido, e ainda um top com a mesma filosofia de várias metades combináveis. Por estes dias, lança uma nova colecção com dois modelos: o original – que é versátil e simples para usar no dia-a-dia, defende –; e um de cocktail com folho na bainha e sem ombros. “Os padrões desta nova colecção são diferentes, originais, muito coloridos e vivos”, descreve.
A empresária vai continuar a vender online e pretende passar pelo Porto, Alentejo e Algarve para fazer vendas em lojas físicas. Os seus vestidos também já chegaram ao estrangeiro, Inês Risques tem clientes nos EUA, Austrália e Alemanha. Embora as colecções sejam de Verão não se destinam só à praia, avança. “Há pessoas que levam a casamentos.” E por que se chama a marca Flausinas? É uma homenagem às mulheres dos anos 1950, que eram vaidosas e gostavam de se vestir bem, responde.