Aaron Philip, a modelo “negra, trans e deficiente” que está a conquistar o mundo da moda
A adolescente assinou com a Elite Model Management em Setembro passado e foi considerada pela Teen Vogue uma das “21 Under 21”, a lista de jovens mulheres de sucesso.
Aaron Philip, de 17 anos, é a primeira modelo negra, transexual, com paralisia cerebral e dependente de uma cadeira de rodas a assinar com uma agência de renome – a Elite Model Management. Num artigo escrito na primeira pessoa para a Them., a plataforma online dedicada à temática LGBTQ, a jovem explicou o seu percurso e fala das suas aspirações.
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Aaron Philip, de 17 anos, é a primeira modelo negra, transexual, com paralisia cerebral e dependente de uma cadeira de rodas a assinar com uma agência de renome – a Elite Model Management. Num artigo escrito na primeira pessoa para a Them., a plataforma online dedicada à temática LGBTQ, a jovem explicou o seu percurso e fala das suas aspirações.
No artigo escrito em Setembro passado, Philip começa por anunciar “sou uma modelo negra, trans e deficiente e acabei de assinar com uma grande agência”. Aaron explica que entrou no mundo da moda para “tornar o sector mais diversificado, inclusivo e acessível” e tem a intenção de “abrir a mente das pessoas, especialmente na moda, onde a linha entre a arte e o consumismo é ténue”. “Como qualquer outro modelo, tenho muitas aspirações. Eu sonho com a Miu Miu, Chanel, Dior, Calvin Klein e Prada enquanto estou a dormir”, conta.
Antes de assinar com a Elite, Aaron Philip, que aponta Naomi Campbell como a sua inspiração, já tinha dado os primeiros passos na indústria. Philip começou por tornar-se viral nas redes sociais, o que resultou em trabalhos para as marcas ASOS e H&M. A Teen Vogue reconheceu o seu talento e integrou-a na lista “21 Under 21” que nomeia jovens mulheres de sucesso.
Depois de assinar com a Elite, seguiram-se muitos outros trabalhos. Porém, Aaron não conseguiu desfilar na Semana da Moda em Nova Iorque. A modelo conta à Teen Vogue que não conseguiram colocá-la na passerelle “porque não havia acessos para a cadeira de rodas”. Não ter participado motivou-a ainda mais a falar sobre os problemas de acessibilidade na indústria da moda.