Tartaruga-gigante que se julgava extinta afinal ainda existirá nas Galápagos

Equipa que realizava uma expedição numa ilha das Galápagos encontrou o que não esperava: uma tartaruga-gigante atribuída à espécie Chelonoidis phantasticus que não era avistada desde 1906.

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É uma história com um possível final feliz: um membro de uma espécie de tartaruga-gigante que ninguém via desde 1906 e que todos julgavam extinta terá sido encontrado numa parte remota da ilha Fernandina, nas ilhas Galápagos, Equador.

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É uma história com um possível final feliz: um membro de uma espécie de tartaruga-gigante que ninguém via desde 1906 e que todos julgavam extinta terá sido encontrado numa parte remota da ilha Fernandina, nas ilhas Galápagos, Equador.

Uma fêmea já adulta da espécie Chelonoidis phantasticus, também conhecida como a tartaruga-gigante da Fernandina, foi avistada este domingo por uma expedição conjunta do Parque Nacional das Galápagos e da Galapagos Conservancy, uma associação que se dedica à protecção a longo prazo da biodiversidade do arquipélago e que tem sede nos EUA. A informação foi avançada em comunicado pelo Ministério do Ambiente do Equador.

"O Parque Nacional das Galápagos tem o apoio total do Governo e do Ministério do Ambiente para desenvolver actividades de investigação necessárias para assegurar a conservação e preservação das espécies que habitam as várias ilhas das Galápagos", referiu o ministro do Ambiente do país, Marcelo Mata Guerrero, no comunicado.

O grupo de investigadores responsável pela descoberta acredita que a fêmea tem mais de 100 anos e que podem existir mais membros da sua espécie na ilha, uma vez que registaram a presença de pegadas e fezes próximas do local. A equipa transportou a tartaruga para um centro de reprodução de tartarugas-gigantes na ilha de Santa Cruz, onde será recolhido ADN que confirmará se a fêmea é de facto da espécie Chelonoidis phantasticus​.

No comunicado, o director do Parque Nacional das Galápagos, Danny Rueda, afirmou que este tipo de descoberta "estimula as equipas a elaborar novos planos para localizar outras tartarugas", o que lhes permitirá "iniciar um programa de reprodução em cativeiro para recuperar esta espécie".

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A tartaruga-gigante da Fernandina, o espécime encontrado pela equipa Ministério do Ambiente do Equador/EPA

Fernandina é uma das ilhas menos modificadas pela mão humana do arquipélago das Galápagos. Com uma área de 638 quilómetros quadrados, é a terceira maior do arquipélago e possui um dos vulcões mais activos do mundo. As erupções do La Cumbre são, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, um dos "fenómenos geológicos" que mais ameaçam a espécie. A mesma entidade afirma que a tartaruga-gigante da Fernandina está "criticamente ameaçada" e o número de membros existentes em todo o mundo é desconhecido.

As tartarugas-gigantes, que podem alcançar 225 quilos, são das mais famosas criaturas das ilhas Galápagos, que foram estudadas pormenorizadamente por Charles Darwin, o famoso naturalista inglês do século XIX.

Existem 15 espécies de tartarugas-gigantes nas Galápagos, um dos únicos dois lugares no mundo onde vivem; o outro lugar é no atol de Aldabra, nas Seychelles, no oceano Índico. As tartarugas das Galápagos alimentam-se de ervas, folhas, cactos e fruta, mas podem sobreviver durante um ano sem alimentos nem água. Foram caçadas quase até desaparecer por marinheiros que as armazenavam nos navios como alimento durante as longas viagens náuticas.

Uma das mais famosas tartarugas-gigantes das Galápagos foi Lonesome George (Jorge Solitário), o último exemplar da subespécie Chelonoidis nigra abingdonii, que foi encontrado em 1972, na ilha de Pinta, e viveu cerca de 100 anos até 2012.