Prémio Nacional de Paisagem distingue vinha do Pico

Abandonado e em declínio até 1996, o território que hoje se vê convertido em 400 hectares de vinha é distinguido não só pela transformação e beleza, mas também pela capacidade de produção de vinho.

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A paisagem da cultura da vinha na ilha açoriana do Pico venceu esta quarta-feira o Prémio Nacional da Paisagem, que distinguiu os esforços para a sua preservação e lhe abre a possibilidade de ser distinguido a nível europeu.

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A paisagem da cultura da vinha na ilha açoriana do Pico venceu esta quarta-feira o Prémio Nacional da Paisagem, que distinguiu os esforços para a sua preservação e lhe abre a possibilidade de ser distinguido a nível europeu.

O prémio, atribuído pelo Ministério do Ambiente entre 27 candidaturas, não tem valor pecuniário, mas permite à remota paisagem açoriana concorrer ao Prémio Europeu da Paisagem.

A nível nacional é assinalado o esforço do governo regional açoriano na transformação de um "território remoto em acentuado declínio", que desde 1996 tem conseguido aumentar a produção de vinho do Pico e aumentar o número de visitantes, segundo o ministério do Ambiente em nota enviada à Lusa.

Foram recuperados mais de 400 hectares de vinha que estava abandonada, recuperadas ruínas e abriu-se um centro de interpretação e um museu que em 2017 receberam mais de 20 mil visitantes.

A consagração da paisagem como Património Mundial da UNESCO, em 2004, foi conseguida também graças a esta política, refere o ministério.

No âmbito do Prémio Nacional de Paisagem deste ano houve lugar para menções honrosas para o projecto de conservação das lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos, no concelho de Ponte de Lima, o plano de paisagem de Terras de Coura, no concelho de Paredes de Coura, e a paisagem protegida local das serras do Socorro e Archeira, em Torres Vedras.

O prémio e menções são entregues esta quarta-feira pelo ministro do Ambiente e pela secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza.