Montepio vai lançar banco dedicado a empresas

O lançamento do BEM - Banco de Empresas Montepio estará finalizado até ao final do primeiro trimestre do ano e será lançado até Março.

Foto
Joana Goncalves (arquivo)

O "chairman" do Montepio, Carlos Tavares, anunciou esta quarta-feira que o BEM - Banco de Empresas Montepio, dedicado a financiar empresas com mais de 20 milhões de euros de volume de negócios, será lançado até ao final do primeiro trimestre.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O "chairman" do Montepio, Carlos Tavares, anunciou esta quarta-feira que o BEM - Banco de Empresas Montepio, dedicado a financiar empresas com mais de 20 milhões de euros de volume de negócios, será lançado até ao final do primeiro trimestre.

O lançamento do BEM - Banco de Empresas Montepio estará finalizado até ao final do primeiro trimestre do ano, e "servirá as empresas do segmento médio e alto" com volume de negócios acima de 20 milhões de euros, afirmou Carlos Tavares, num encontro para a apresentação da nova imagem do Banco Montepio, que abandona a designação comercial Caixa Económica Montepio Geral.

De acordo com o presidente não executivo do Montepio, "este banco pretende ocupar um espaço que está vago na banca portuguesa", e terá 10 balcões especializados por todo o país com "serviços integrados de banca comercial e de investimento" dedicados às empresas.

O objectivo da criação deste banco é encontrar "fontes alternativas de financiamento, de mercado, capital de risco, que hoje as empresas, dado o grau de alavancagem que ainda têm, precisam urgentemente de ter disponibilizado", segundo o "chairman" do Montepio.

Já a presidente executiva do banco Montepio, Dulce Mota, que assumiu o cargo de presidente executiva em 12 de Fevereiro, disse que a nova instituição vai ter “a capilaridade toda dos balcões do Montepio a apoiar o tecido empresarial”, das maiores às mais pequenas empresas, ao libertar “para o banco de empresas os grandes grupos económicos”.

Sobre o processo de mudança de imagem do banco, Carlos Tavares disse que se tratou de um processo “mais longo do que esperava”, e que desde que a sua administração tomou posse “havia a ideia de mudar a designação comercial do banco” e a sua imagem.

O objectivo foi “promover simultaneamente a distinção entre o Banco Montepio” e a Associação Mutualista, o seu accionista, mas “não cortando laços que não são susceptíveis de ser cortados”.

Carlos Tavares disse que o banco “tem muito apreço” e “respeito" pelos seus 620 mil accionistas”, numa referência aos membros da mutualista, e a “obrigação muito forte de preservar o capital que foi aplicado na Caixa Económica Montepio Geral ao longo de 175 anos”.