O Sp. Braga candidato não convenceu e o Sporting voltou a ser convincente
”Leões” ganharam por 3-0 e encurtaram a distância para o terceiro classificado do campeonato. Minhotos sofreram a terceira derrota na prova.
Era a narrativa dos papéis trocados. Defrontavam-se em Alvalade um Sporting condenado a ser um secundário a lutar pelo pódio e um Sp. Braga candidato por direito próprio ao título, e esta era uma narrativa sustentada pelo que tem acontecido durante a época. Mas os papéis voltaram a inverter-se. Os “leões” arrancaram aquela que terá sido uma das melhores exibições da equipa e conseguiram um triunfo convincente, por 3-0, sobre os minhotos, que nunca estiveram perto de justificar o assumido (e conquistado) estatuto de candidato.
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Era a narrativa dos papéis trocados. Defrontavam-se em Alvalade um Sporting condenado a ser um secundário a lutar pelo pódio e um Sp. Braga candidato por direito próprio ao título, e esta era uma narrativa sustentada pelo que tem acontecido durante a época. Mas os papéis voltaram a inverter-se. Os “leões” arrancaram aquela que terá sido uma das melhores exibições da equipa e conseguiram um triunfo convincente, por 3-0, sobre os minhotos, que nunca estiveram perto de justificar o assumido (e conquistado) estatuto de candidato.
Se havia um momento para o Sporting se reerguer, era este. E se havia um momento em que o Sp. Braga não podia quebrar, também era este. E os “leões”, ao contrário do que tem acontecido nas últimas semanas, foram competentes em todos os aspectos do jogo. Não sofreram golos, algo que já não acontecia há um mês, e voltaram a mostrar vocação ofensiva constante — já não ganhavam por três golos de diferença desde o último jogo de 2018.
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Já o Sp. Braga, perante mais um momento perfeito de afirmação, voltou a falhar em Alvalade, como aliás já tinha falhado na Taça da Liga em casa e nas visitas ao Dragão (derrota por 1-0) e à Luz (derrota por 6-2), deixando o líder FC Porto fugir (está a cinco pontos) e permitindo a aproximação do Sporting (ficou a quatro).
O normal dos “leões” nos últimos tempos tinha sido sofrer golos nos primeiros minutos, não conseguir reagir e guardar para o fim um ataque desordenado em busca de alguma coisa. Mas não foi essa equipa que entrou em campo frente ao Sp. Braga. Foi pressionante desde o primeiro minuto para provocar erros incaracterísticos no adversário, manter a posse de bola e fazer ataques de progressão rápida, sem abrir grandes buracos no caso de um contragolpe do rival. E para isso muito contribuiu a acção do trio do meio-campo composto por Gudelj, Wendel e Bruno Fernandes, muitas vezes contando com a ajuda de Ristovski no flanco direito e de Diaby na esquerda.
O Sporting teve várias aproximações com muito perigo à área bracarense, que terminavam em remate perigoso. Tiago Sá, o jovem guarda-redes visitante, teve de se aplicar um par de vezes a remates de Bas Dost (15’) e Bruno Fernandes (17’), mas não conseguiu fazer nada aos 34’, num livre directo de Bruno Fernandes que resultou no 1-0 para o Sporting. A falta tinha sido feita à entrada da área, mas muito do lado direito, pedindo o pé esquerdo para a marcar. Acuña estava por lá, mas foi Bruno Fernandes quem avançou e meteu a bola (não muito alta) numa trajectória que superou a barreira.
Abel Ferreira esperou pelo intervalo para fazer uma alteração, uma troca de jogadores formados em Alcochete, Wilson Eduardo para o lugar de Ricardo Esgaio. Mais um homem rápido para o ataque, mas, antes que pudesse fazer algum efeito, já o Sporting estava a fazer mais um golo. Diaby ganhou uma bola no meio-campo e desatou a correr com ela, ganhando vários duelos individuais aos defesas minhotos que lhe apareciam pela frente. Assim foi até entrar na área, onde seria derrubado por Claudemir. Jorge Sousa assinalou penálti e Bas Dost não perdoou.
Este ainda não era um jogo fechado, mas a verdade é que o Sp. Braga nunca teve resposta para mudar o sentido do marcador. O Sporting, por seu lado, continuou a carregar e ainda chegou ao 3-0, numa jogada em que Bruno Fernandes conseguiu fazer um cruzamento para a área e Dost, de primeira, não deu hipóteses ao desamparado Tiago Sá.
Era o ponto final neste jogo que acabou por ser uma autêntica prova de vida para o Sporting (e para Marcel Keizer), talvez já tarde para lhe dar vida como candidato ao título nacional, mas ainda a tempo de desmentir as notícias sobre a sua morte desportiva.