Festival da Canção: Matay, Ana Cláudia, Conan Osiris e Calema estão na final
A primeira semifinal do festival decorreu este sábado à noite.
A 53ª edição do Festival da Canção já está em marcha. Tudo começou este sábado à noite, com a primeira de duas semifinais nos estúdios da RTP, onde, de entre oito canções, se escolheram metade para irem à final. Em Portimão, daqui a duas semanas, a 2 de Março, ouvir-se-ão, assim, as vozes de Matay, Conan Osiris, Calema e Ana Cláudia. Uma delas poderá chegar à Eurovisão a 18 de Maio.
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A 53ª edição do Festival da Canção já está em marcha. Tudo começou este sábado à noite, com a primeira de duas semifinais nos estúdios da RTP, onde, de entre oito canções, se escolheram metade para irem à final. Em Portimão, daqui a duas semanas, a 2 de Março, ouvir-se-ão, assim, as vozes de Matay, Conan Osiris, Calema e Ana Cláudia. Uma delas poderá chegar à Eurovisão a 18 de Maio.
A cerimónia foi conduzida por Tânia Ribas de Oliveira e Sónia Araújo, e arrancou quase sem rodeios. As oito canções a concurso foram desfiladas rapidamente, apenas com um intervalo pelo meio para as conversas de Inês Lopes Gonçalves com os artistas no green room. Antes de cada uma delas, curtos vídeos dos participantes por Portimão, em provas de vinho, corridas de kart, idas a mercados, passeios de barco, partidas de golfe, idas ao Museu de Portimão e voltas de mota.
Primeiro ouviu-se Inércia, pela voz de Ana Cláudia, uma melancólica balada electrónica composta pelo duo D'alva, seguindo-se João Campos, vocalista da banda Jim Dungo, e a também balada, mas desta vez com guitarras acústicas e coro, É o que é, escrita por D.A.M.A. e Francisco Clode. Seguiu-se Soraia Tavares, que concorreu ao The Voice Portugal, com O Meu Sonho, de Lura, em modo autoajuda. Os irmãos santomenses Calema, acompanhados por outros cantores e uma batida trap, interpretaram A Dois.
Depois do intervalo, Conan Osiris, de cara semicoberta com metal, deu nas vistas com Telemóveis, a perguntar "Quem mata quem?", a cantar sobre partir telemóveis e a mudar um pouco a melodia em relação à versão de estúdio, acompanhado pelo seu fiel e impressionante dançarino, um coro de duas vocalistas e umas escadas em cima do palco. Completamente diferente, Rita Laranjeira, que se apresenta como Ela Limão, interpretou Mais Brilhante que Mil Sóis, de Flak, fundador dos Rádio Macau.
Hoje, de e por Filipe Keil, trouxe ao palco outra pessoa a cobrir parte da cara, desta vez com a mão por cima de um olho e outro pintado de azul. Por fim, o vozeirão de Matay com Perfeito, uma composição de Tiago Machado, que apareceu em palco a acompanhá-la ao piano, com letra de Boss AC a declarar o amor incondicional, segundo disse na transmissão, pelas suas filhas. É um tema que o Twitter, pelo piano, o arranjo de cordas, não se cansa de comparar a uma canção de um filme da Disney.
Mostradas as canções, foi-se esticando o tempo até ao anúncio e apuramento dos vencedores. Apresentou-se o júri, mais uma vez chefiado por Júlio Isidro – mantém-se a insistência no trocadilho "júri Isidro" –, desta feita com o radialista Álvaro Costa, Isaura, compositora e co-intérprete de O Jardim, a canção vencedora do ano passado, as cantoras (e também compositoras) Selma Uamusse, Rita Redshoes e Maria João, e o actor, encenador e apresentador Pedro Penim, que fez parte da equipa da Eurovisão do ano passado, e a can.
Depois do intervalo, mostrou-se uma homenagem – com direito a ovação em pé do público no fim – a Maria Guinot, "uma mulher livre, decidida e diferente" que foi à Eurovisão cantar Silêncio e Tanta Gente em 1984 e morreu em Novembro do ano passado. O passado do Festival da Canção também foi alvo de tributo com os Cais Sodré Funk Connection, com os próprios intérpretes originais em cima do palco.
Como é seu apanágio, adicionaram funk e uns "Praise the lord" à moda de James Brown à Oração de António Calvário, a primeira canção que Portugal levou em 1964 à Eurovisão, depois com Eduardo Nascimento e a sua O Vento Mudou, ambas com a participação da vocalista Tamin, que concorreu ao festival no ano passado – tal como os seus colegas de banda, Francisco Rebelo e David Pessoa.
Por fim, os pontos. Perfeito, com 22 pontos, teve a votação máxima, os 12 pontos, do júri, e a segunda melhor do público. Seguiu-se Telemóveis, com 19, sete deles do júri e 12 do público, enquanto A Dois arrebatou 18, com dez do júri e oito do público. Em quarto lugar, um empate de 13 pontos resolvido pela prevalência do júri: Inércia e É o que é, triunfando a primeira.
Para a semana saber-se-á com quem é que estes apurados vão disputar a final. Há mais um conjunto de oito candidatos: Lara Laquiz, Madrepaz, Mariana Bragada, Dan Riverman, NBC, Mila Dores, João Couto – em substituição de Marlon – e Surma.