BE garante que vai bater o pé “à chantagem europeia”

Na reunião da Mesa Nacional, será também debatida a lista de candidatos ao Parlamento Europeu.

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Catarina Martins e Marisa Matias juntas na última convenção do BE Rui Gaudêncio

Tendo em vista as eleições europeias que se avizinham, o Bloco de Esquerda garante que vai lutar contra aquilo que considera ser a “chantagem europeia”. “Ao longo dos últimos anos, o país ficou melhor de cada vez que resistiu à chantagem europeia”, adiantou ao PÚBLICO, por escrito, um dos responsáveis pela comunicação do partido. Esta é uma das ideias que sairá da reunião da Mesa Nacional do Bloco marcada para este sábado.

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Tendo em vista as eleições europeias que se avizinham, o Bloco de Esquerda garante que vai lutar contra aquilo que considera ser a “chantagem europeia”. “Ao longo dos últimos anos, o país ficou melhor de cada vez que resistiu à chantagem europeia”, adiantou ao PÚBLICO, por escrito, um dos responsáveis pela comunicação do partido. Esta é uma das ideias que sairá da reunião da Mesa Nacional do Bloco marcada para este sábado.

De acordo com a nota enviada pelo BE ao PÚBLICO, na reunião da Mesa Nacional será debatida “a situação política e as prioridades do Bloco de Esquerda nas próximas eleições europeias”. Será também discutida a lista de candidatos ao Parlamento Europeu. Na reunião, estarão a coordenadora do partido, Catarina Martins, e também a eurodeputada e cabeça de lista às eleições europeias, Marisa Matias.

“O BE, recusando os caminhos do populismo xenófobo e do consenso europeu da austeridade, assume como projecto a defesa da democracia em todas as suas dimensões”, lê-se na mesma nota, na qual se acrescenta que os bloquistas partilham “este projecto com aqueles que, na Europa e em todo o mundo, enfrentam as elites financeiras em nome da democracia, dos direitos laborais que respondem pelo emprego e pelos salários, dos serviços públicos que garantem a saúde e a educação universais, de uma política ecológica que proteja o planeta das alterações climáticas”.

Para este partido, “defender a democracia na Europa significa defender a democracia em cada país”: “Ao longo dos últimos anos, o país ficou melhor de cada vez que resistiu à chantagem europeia. A intervenção do Bloco de Esquerda em Portugal provou que foi o compromisso com os direitos, com o Estado Social e com os salários que garantiu o crescimento da economia”, defende o BE.

Foi na última convenção do partido que Marisa Matias foi anunciada como cabeça de lista às europeias. E quando subiu ao palco do Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, levantou de novo a bandeira bloquista da revisão do Tratado Orçamental. 

Já este mês, nas jornadas parlamentares do BE, Catarina Martins tinha pedido "mais companhia" para Marisa Matias no Parlamento Europeu. Lembrou as imposições de Bruxelas às conquistas sociais alcançadas em Portugal e sublinhou que não se trata de não ser europeísta, mas de se pensar no caminho que se quer fazer: “Quando lutamos pelo nosso país, temos de lutar, sim, na Europa, e é isso que a Marisa Matias tem feito”, disse, deixando o aviso: “Não podemos ser subservientes, para que a voz do povo seja ouvida”.