E se o amor estiver ao virar da esquina?
A wedding planner Célia Pratas reuniu as histórias de amor de 13 casais em livro.
A história de amor de Soraia e de Filipe dava um filme romântico daqueles que se vêem numa tarde de domingo. Soraia deixou um bilhetinho ao Santo António, numa igreja em Roma, onde religiosamente pedia ao santo casamenteiro um “rapaz querido, simpático, de bom coração”. Mas também “alto, lindo, inteligente, charmoso e moreno”. Duas semanas depois, tropeçou nele e hoje estão casados. Esta é uma das 13 histórias que a wedding planner Célia Pratas conta no seu livro Contamos Casar - E se, quando menos contar, o amor surgir na sua vida?, que lançou recentemente.
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A história de amor de Soraia e de Filipe dava um filme romântico daqueles que se vêem numa tarde de domingo. Soraia deixou um bilhetinho ao Santo António, numa igreja em Roma, onde religiosamente pedia ao santo casamenteiro um “rapaz querido, simpático, de bom coração”. Mas também “alto, lindo, inteligente, charmoso e moreno”. Duas semanas depois, tropeçou nele e hoje estão casados. Esta é uma das 13 histórias que a wedding planner Célia Pratas conta no seu livro Contamos Casar - E se, quando menos contar, o amor surgir na sua vida?, que lançou recentemente.
“Felizmente, o amor bate-nos à porta, quando menos esperamos”, acredita piamente Célia Pratas, que se descreve como “mega romântica”. A cara-metade pode estar mesmo ali ao virar da esquina. “Não acredita?”, pergunta, para responder: “Olhe que não acontece só aos outros; pode acontecer a qualquer pessoa.” Nem os mais incrédulos estão imunes, insiste. O amor pode estar no ar em qualquer altura e em qualquer lugar. Olho bem aberto, porque “podemos passar a vida inteira a cruzarmo-nos, diariamente, com a pessoa certa para o nosso coração, sem que reparemos na sua existência”, alerta.
Há algum segredo para descobrir a pessoa certa? Célia Pratas, que já organiza casamentos há uma década e tirou o seu curso em Londres, foi à procura da resposta e encontrou-as junto dos 13 casais.
De alguns já conhecia as histórias de amor, como a de Soraia e de Filipe que se conhecerem, duas semanas depois de a jovem regressar de Roma, numa praia que Soraia não gostava, mas para a qual foi arrastada por uma amiga. Mal sabia que ia conhecer o amor da sua vida, moldado à medida do seu pedido a Santo António. “Terá sido a amiga, o Santo António ou o destino a fazê-la ir a um sítio de que não gostava?”, pergunta Célia Pratas. O certo é que hoje está feliz por tê-lo feito.
Célia Pratas acredita que “há sempre algo de mágico” que vai acontecer na nossa vida. Como no caso de Mónica e Jean Christophe que se conheceram numa festa, em casa de amigos, em França. Ele tinha namorada. Ela só tinha olhos para o primo dele. Um mês depois, Jean Christophe convidou-a para fazer jet ski. E foi aí que tudo começou. Primeiro viveram juntos, depois vieram os filhos. O pedido de casamento chegaria 18 anos depois, em Nova Iorque. “Jean-Christophe diz que ainda olha para Mónica, como a miúda mais bonita de Paris”, conta Célia Pratas que organizou o casamento. “Os mais de 200 convidados vestiram-se à anos 1930. Foi muito divertido”, recorda.
Através das histórias que ouviu, a organizadora de casamentos descobriu “como é que, quando as pessoas menos contavam, encontravam o amor, ficavam noivas, casavam e são felizes”, resume. “Todas a histórias me marcaram, porque são todas diferentes”, sublinha. Célia Pratas já está a escrever um novo livro. Desta vez com “histórias fictícias sobre oportunidades e sobre o acreditar que o melhor está sempre para vir”, conclui, assumindo-se como uma mulher romântica que passa o tempo a organizar “um dos dias mais felizes” da vida das pessoas, o dia do casamento.