WWF lança petição global para exigir aos líderes mundiais “Zero Plástico na Natureza”
Organização mundial quer enviar uma mensagem clara aos líderes e empresários que se vão reunir em Março, na Assembleia da ONU pelo Ambiente: acordo vinculativo para travar o fluxo de plástico que chega aos oceanos tem de ser “prioridade máxima”.
“Prioridade máxima”: travar o fluxo de plástico que chega aos oceanos. É com esta urgência que a World Wide Fund for Nature (WWF) — uma das organizações não-governamentais de conservação de natureza com maior representação em todo o mundo — se vai dirigir aos líderes mundiais durante a assembleia das Nações Unidas para o Ambiente, já em Março. Mas antes, precisam de provar que esta é uma preocupação “para a maioria da população mundial”.
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“Prioridade máxima”: travar o fluxo de plástico que chega aos oceanos. É com esta urgência que a World Wide Fund for Nature (WWF) — uma das organizações não-governamentais de conservação de natureza com maior representação em todo o mundo — se vai dirigir aos líderes mundiais durante a assembleia das Nações Unidas para o Ambiente, já em Março. Mas antes, precisam de provar que esta é uma preocupação “para a maioria da população mundial”.
E é aqui que entra a petição online (em português, na página da Associação Natureza Portugal, parceira da WWF), a marcar a primeira fase da campanha global “Zero Plásticos na Natureza”, lançada esta segunda-feira, 11 de Fevereiro. A WWF quer enviar “uma mensagem clara aos líderes políticos”: mostrar que milhares de pessoas exigem "um acordo juridicamente vinculativo que envolva todos os países para acabar com esta crise ". "O que pretendemos é que, até 2030, se pare de escoar o plástico para os oceanos", diz Rita Sá, bióloga marinha e consultora científica para Oceanos e Pescas da associação. “Neste momento, já não estamos numa fase em que se precisa. Estamos numa fase em que exigimos uma atitude efectiva.”
Todos os anos, apontam dados da organização, entram nos oceanos oito milhões de toneladas de plástico, a maior parte dele arrastado por rios e canais. “O lixo marinho e o plástico em particular são problemas globais. Não é por eu mudar o meu comportamento que vou mudar o mundo”, defende a bióloga, que ainda assim não deixa de salientar a importância das acções individuais. “Estamos a chegar a um ponto tão preocupante que só com uma iniciativa que seja vinculativa para todos os estados é que iremos conseguir ter algum resultado. Isto se queremos travar o que está a ir para os oceanos. Porque depois ainda temos de tratar tudo o que já lá está.”
A WWF quer ver a poluição causada pelo plástico a ocupar grande parte do debate da 4.ª Assembleia das Nações Unidas pelo Ambiente, que vai decorrer entre 11 e 15 de Março. “Nós achamos que este é o tema que está a preocupar mais as organizações a nível mundial. Achamos que uma entidade como a WWF conseguirá congregar tanta gente diferente para conseguirmos ter um compromisso destes e assim resultados efectivos”, avalia Rita Sá. Em Nairobi, a capital do Quénia, o fórum mundial pelo ambiente vai juntar chefes de Estado, ministros do ambiente, activistas, presidentes de multinacionais e ONG decididos a assumir “soluções inovadoras para desafios ambientais e consumo e produção sustentável”.
Dias antes da assembleia, a WWF, que “tem uma rede activa em mais de 100 países”, vai avançar com a segunda fase da campanha e publicar um relatório que analisa a poluição pelo plástico em todo o mundo.